Uma das mais renomadas vinícolas do Brasil, a Villa Francioni, de São Joaquim, na Serra Catarinense, realizou na noite de quarta-feira, em Florianópolis, o lançamento de novo e sofisticado vinho, o Agripina, que leva o nome da matriarca da família. Sócia e presidente do conselho da empresa, Daniela Freitas revelou para a coluna o lado social da avó e falou sobre a importância de concluir a rodovia Caminhos da Neve, a BR-438, para ligar as serras do RS e de SC.
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O vinho Agripina é uma mistura (cuvée) da uva italiana Nebiollo das safras de 2012, 2015, 2017 e 2018 da vinícola. Foi apresentado para grupo de empresários e formadores de opinião de Santa Catarina em evento no restaurante Osli, do Hotel LK Design.
Entre os presentes, os empresários Adriana e João Paulo Freitas, irmãos de Daniela e filhos do fundador da Villa Francioni, Dillor Freitas, que faleceu em 2004. O vinho Agripina, que teve preço ao consumidor definido em R$ 420, homenageia a mãe do fundador, Agripina Francioni Freitas, que também foi inspiração para o nome da vinícola.
Vinícola de São Joaquim lança vinho especial com nome da matriarca
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A decisão de homenagear a avó com um vinho especial é em função da personalidade dela, que foi um ícone, influente para os filhos e os netos. Conforme Daniela, a Agripina era a retaguarda da família num período em que o avô, Diomício Manoel de Freitas, chegou a ter 73 empresas nos setores de mineração de carvão, produção de revestimentos cerâmicos e na área de comunicação.
– Minha avó, além de apoiar meu avô que também atuou na política (foi deputado federal), fazia um trabalho social intenso. Ela era uma pessoa muito caridosa. Ia nas comunidades mais pobres e distribuía comida para quem necessitava. Muitas vezes, as pessoas faziam fila na casa dela para receber almoço e ela servia a todos. Era impressionante! Ela caminhava pela cidade inteira. Não raras vezes, fazia pastéis e levara para as pessoas carentes – conta Daniela que, junto com os irmãos, morou um tempo com a avó.
Segundo a empresária, o lançamento desse novo vinho, com sabor intenso, também é novidade para atrair mais turistas à vinícola, que tem no enoturismo uma das principais atividades. A empresa soma agora 17 rótulos entre vinhos da linha Joaquim, da linha Villa Francioni, espumantes e de sobremesa.

As vendas em lojas de vinhos são concentradas na Região Sul. Nas demais regiões, a opção é por televendas. Conforme a presidente, os anos da pandemia garantiram um salto nas vendas, com crescimento de 30% frente a 2019. Neste ano de 2023 ocorre uma acomodação, com recuo da ordem de 10% das vendas em relação a 2022.
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O sonho da rodovia Caminhos da Neve
À frente da empresa pioneira no enoturismo em São Joaquim, a empresária avalia que a conclusão da rodovia Caminhos da Neve, a BR-438, que liga as serras de Santa Catarina com a do Rio Grande do Sul, vai trazer um salto no número de visitantes para SC e aquecer o setor da vitivinicultura. Esse é um sonho não só de Daniela, mas da maioria dos empresários da Serra de SC.
– A conclusão dessa rodovia daria um “boom” enorme para a Serra Catarinense porque a Serra Gaúcha recebe muitos turistas. O pessoal que vai lá poderia vir na nossa serra também, fazendo o percurso lindo dos Campos de Cima da Serra. Falta só um trecho pequeno no Rio Grande do Sul para concluir essa rodovia – afirma Daniela.
Um fato novo sobre esse projeto, de meados do primeiro semestre deste ano, foi a criação do Roteiro Turístico Caminhos da Neve, pela lei federal 14.587, em projeto relatado pela senadora catarinense Ivete da Silveira (MDB). Ele contempla com recursos de fundos ao desenvolvimento turístico 22 municípios dos dois estados, no entorno da BR-438.
Conforme a empresária, atualmente, cerca de 70% dos visitantes da Villa Francioni são de Santa Catarina. Os demais são de outros Estados e um pequeno número, cerca de 2%, são pessoas do exterior que gostam de vinho.
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– Muitos catarinenses recebem amigos ou parentes e levam para visitar a vinícola. Vem gente do Brasil inteiro, de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Minas Gerais e também do Norte do país. É um público bem variado – observa Daniela.
Apesar do inverno ser a temporada turística maior, as vinícolas da Serra de Santa Catarina, que integram roda dos chamados Vinhos de Altitude, recebem turistas o ano inteiro.
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