Portos marítimos e portos secos de Itajaí e Navegantes travam uma guerra de preços de tarifas de importação que está levando empresas a operarem em outros terminais, afetando assim a economia catarinense. Empresas de logística alertam que o importador paga até 10 vezes mais caro para trazer uma carga pelo Complexo Portuário de Itajaí frente a outros portos do país.

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Em oito anos, enquanto o IGP-M teve alta acumulada de 70%, as tarifas praticadas pela APM Terminals (operadora do Porto de Itajaí) e a Portonave (de Navegantes) subiram mais de 700% para o Serviço de Segregação e Entrega de Contêineres (SSE), aquele de armazenagem e transferência do pátio até o portão do terminal. 

Os portos marítimos elevaram as tarifas e os portos secos, que recebem e distribuem as cargas, estão sofrendo esses custos exponenciais. Em 2011, uma carga de R$ 100 mil pagava R$ 260 por 10 dias de armazenagem no APM Terminals. Hoje, paga R$ 2.160. Na Portonave, custava R$ 320 e agora sai por R$ 2.330.

Outra crítica é que os portos marítimos estão cobrando pelo preço da carga dentro do contêiner enquanto em outros países isso não é considerado. Os portos secos cobram da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) a publicação da resolução normativa 34 para regular isso. Além de perda de competitividade logística, os produtos importados por SC ficam mais caros. 

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