Com insumos pelo menos 30% mais caros devido ao dólar ar alto e custos operacionais maiores para enfrentar a pandemia, as indústrias de água mineral de Santa Catarina decidiram reajustar preços a partir deste mês de abril. A Associação Catarinense das Indústrias de Água Mineral (Acinam) informa que a defasagem geral de custos supera 20%. Segundo a entidade, o setor está em crise também porque perdeu cerca de 80% do mercado em função da retração de vendas de água de garrafa em restaurantes, bares e academias, entre outros estabelecimentos.
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Entre as altas de custos enfrentadas pelo setor estão 110% no preço de filme para embrulhar fardos, mais de 30% nas resinas de plástico usadas para fabricar a embalagem, rótulos e demais itens, aumento de 51% no CO2, de 50% nos combustíveis, 12,6% na energia elétrica e 18% na alimentação dos trabalhadores. Diretamente em função da Covid-19, as empresas têm custos para substituir pessoas que adoecem e todos os insumos para proteção pessoal e uma higienização mais rigorosa.
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De acordo com o diretor de comunicação da entidade, Tarciano Oliveira, o objetivo é repor pelo menos uma parte da alta de custos. Ele explica que o setor chegou a postergar a alterar preços, mas agora não está conseguindo suportar mais, terá que repassar ao consumidor.
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