Em mais um passo para viabilizar a construção da ferrovia Chapecó-Cascavel, a Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic) recebeu nesta quinta-feira executivos da gigante chinesa CRCC (China Railway Construction Corporation). O objetivo é fazer o ramal para garantir grãos para a alimentação animal e viabilizar a continuidade da agroindústria na região.

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Segundo o presidente da Acic, Leonir Antônio Broch, o setor não pode continuar com os altos custos atuais de transporte de milho e soja do Centro-Oeste para o Oeste de SC. Isso vai descolar, gradativamente, a produção para a região central do país, alerta ele.

O empresário chama a atenção para o fato de hoje serem feitas cerca de 130 mil viagens de caminhões por ano para levar grãos ao Oeste de SC, que somam custo de aproximadamente R$ 7 bilhões. É uma cifra maior do que a estimada para o investimento na ferrovia de R$ 6 bilhões para fazer 286 quilômetros, conforme o valor anunciado pelo Ministério da Infraestrutura.  

Participaram da reunião com Lenoir Broch e demais diretores da Acic nesta quinta-feira o gerente nacional da CRCC, Daniel Zhang, o gerente geral de Marketing e Negócios da empresa, Raul Liu, o diretor internacional da Coesa Engenharia Sérgio Brossa e o presidente da B&B Intermediações Nacionais e Internacionais Carlos Bessa.  

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Para dar um primeiro passo, em 2022, foi elaborado um projeto por iniciativa da Acic, em em parceria com a Federação das Indústrias (Fiesc), Federação da Agricultura (Faesc), Organização das Cooperativas de SC (Ocesc), Federação das Associações Empresariais (Facisc), Sindicarne SC e Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

O setor produtivo do Oeste tem pressa para a execução dessa ferrovia, que permitirá, por meio de outros ramais, acessar os grãos de Mato Grosso e Goiás por preço mais acessível. Também haverá maior estabilidade na oferta. A conversa do setor produtivo com potenciais investidores pode ajudar na definião de quem fará a obra, porque o projeto já está incluído no Plano Nacional de Ferrovias.

Existe uma preocupação do setor portuário catarinense sobre o risco de a produção de exportação também ser embarcada por ferrovia via Paraná, até o Porto de Paranaguá. Mas a perda gradativa da produção agroindustrial para outras regiões do país também afetará a economia do Oeste e do Estado.

Outro ponto importante do momento é que o transporte por ferrovia é mais sustentável do que por rodovias. Permite uma redução de emissões de gases do efeito estufa porque retira o transporte com combustíveis fósseis, em caminhões. O custo na comparação com transporte de caminhão, é cerca de 30% mais barato.

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Para o setor agroindustrial do Oeste, Santa Catarina precisa, também, ter uma ferrovia do Oeste até o litoral, para transportar cargas diversas. Os projetos precisam ser feitos e viabilizados com investidores privados.  

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