No primeiro sábado do mês de julho é celebrado pelo mundo o Dia Internacional do Cooperativismo, modelo de atividade econômica que aproxima pessoas pela cooperação, gera negócios e desenvolvimento. Santa Catarina é uma referência para o setor porque tem 249 cooperativas de diversos ramos que no ano passado alcançaram receita de R$ 85,9 bilhões. Ao todo, são mais de 4,2 milhões de associados. Por isso, se cada associado fosse um CPF, mais da metade da população do Estado – que é 7,6 milhões de habitantes – estaria integrada em cooperativas.

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– O Dia Internacional do Cooperativismo é uma data para tornar esse modelo mais conhecido na sociedade. Ele foi criado para que a sociedade tenha ciência do que o sistema mundial cooperativista faz – destaca o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Vanir Zanatta, para quem o setor é uma potência econômica em SC.

Segundo ele, existe a necessidade de informar mais para a sociedade o que o sistema cooperativista proporciona. Por isso essa data foi criada pelas instituições do setor, que contam com esferas locais, regionais, nacionais e uma internacional.

Em SC atua a Ocesc que representa as cooperativas do Estado e se reporta à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), associada à Cooperativa para as Américas, que integra a Aliança Cooperativa Internacional (ACI), sede mundial que fica em Bruxelas, na Bélgica.

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O cooperativismo de SC não é apenas uma potência em número de associados. É destaque em receita e movimento econômico, com atuação forte no Estado, Brasil e exterior. São 249 cooperativas associadas à Ocesc, bem administradas, que atuam nos ramos de agropecuária, crédito, saúde, infraestrutura, transporte, consumo, trabalho e produção de bens e serviços. 

Sua participação mais ampla internamente é pelo cooperativismo de crédito, que conta com milhares de associados que transformaram essas instituições no seu próprio banco. E no mercado internacional se destaca pela exportação de proteína animal, em especial carnes de aves e suínos, atividade desenvolvida em cooperativas agropecuárias que têm mais de 80 mil associados em SC e em outros estados do Sul do Brasil. Essa atuação no exterior é liderada pela Coopercentral Aurora Alimentos, a Aurora Coop.   

O presidente da Ocesc explica que o cooperativismo nasceu para proporcionar vida mais digna para um grupo de pessoas, uma comunidade. A primeira cooperativa foi fundada em 1844 em Rochdale, Manchester, interior da Inglaterra por um grupo de 28 trabalhadores – 27 homens e uma mulher – para poder comprar alimentos por menores preços.

Zanatta observa que foi também por necessidades coletivas que nasceram as cooperativas catarinenses. Ele cita como exemplos as agropecuárias, que nasceram por necessidade de armazenagem e vendas de produtos; as de crédito, pela falta de crédito acessível no setor bancário tradicional; e as energia surgiram porque a Celesc não conseguia atender todo o interior do Estado.

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Um destaque do cooperativismo é que o associado é o dono do negócio e, além de ter um atendimento diferenciado para suas atividades e demandas, no final de cada exercício, quando a organização vai bem, ele também recebe uma parte das sobras, o que melhora a sua renda familiar. O cenário futuro do cooperativismo em SC é cada vez mais positivo, na opinião do presidente da Ocesc, Vanir Zanatta.

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