Santa Catarina é um dos poucos estados que contam com um forte conselho que representa o setor produtivo: o Conselho das Federações Empresariais (Cofem). Após nove meses de desafios enormes frente à pandemia, a entidade, que reúne as federações da indústria (Fiesc), comércio (Fecomércio), agricultura (Faesc), transportes (Fetrancesc), associações empresariais (Facisc), CDLs (FCDL), associações de pequenas empresas (Fampesc) e o Sebrae-SC, se reuniu nesta segunda-feira para definir pautas prioritárias para 2021. Além disso, o conselho decidiu que vai se empenhar para ser mais ouvido pelo setor público e outras instituições porque tem certeza que dá maior retorno à sociedade quando tem seus pleitos atendidos.
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A lista de prioridades elencada pelas federações catarinenses inclui investimentos em infraestrutura, reforma tributária, reforma da previdência catarinense, meio ambiente, educação profissional, melhoria do ambiente de negócios nos municípios e no estado e uniformização de procedimentos em cartórios.
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O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, afirmou que essa união do setor produtivo é importante na defesa de melhores condições para o desenvolvimento. O presidente da Facisc, Jonny Zulauf, sugeriu incluir também na lista de prioridades maior concorrência dos serviços financeiros para empresas e menores custos trabalhistas.
Entre os indicadores de Santa Catarina que comprovam que o setor produtivo local oferece para a sociedade desenvolvimento econômico e social acima da média nacional está a menor taxa de desemprego do país, que ficou em 6,6% no terceiro trimestre deste ano, a metade da taxa nacional. Isso é possível porque os empresários catarinenses, à frente de negócios familiares, sempre que podem reinvestem na empresa, explicou Aguiar.
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Isso permite um setor privado mais competitivo e estável, mesmo em tempos de crise. Esse ciclo virtuoso pode ser constatado numa série de outros indicadores, entre os quais a maior arrecadação tributária.
Mas o setor público precisa fazer a sua parte, proporcionando bom ambiente para negócios e despesas públicas ajustadas como o que ocorre no mundo para o setor empresarial ser competitivo. Nesse aspecto, a Assembleia Legislativa e o governo estadual ficaram devendo e precisam fazer com urgência uma reforma da Previdência que reduza custos.
A União e a maioria dos estados já venceram essa etapa. Sem esse ajuste, o governo terá cada vez menos recursos para atender os mais de 7 milhões de catarinenses nas áreas de saúde, educação, segurança e outros serviços essenciais. Além da reforma da Previdência, os demais pleitos do Cofem precisam avançar. Não dá para ficar meio século postergando reformas e medidas necessárias para melhorar a atividade econômica.
A reunião do Cofem também contou com a participação dos presidentes da Fecomércio, Bruno Breithaupt; Faesc, José Zeferino Pedrozo; FCDL, Ivan Tauffer; Fetrancesc, Rosi Dedekind; representante da Fetrancesc, Alex Breier; conselheiro da Facisc, Alaor Tissot; superintendente do Sebrae/SC, Carlos Henrique Ramos Fonseca; e a presidente do Conselho Regional de Contabilidade, Rúbia Albers Magalhães.
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