Dois produtos que estão entre os preferidos da maioria dos brasileiros, o camarão e a batata pré-frita, podem custar mais ao consumidor. O governo federal planeja aumentar os impostos de importação desses dois itens e, como a oferta nacional é insuficiente, ambos deverão ficar mais caros, alerta o presidente da Associação de Distribuidores e Atacadistas Catarinenses (ACAC), Alexandro Segala.

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No caso da batata pré-frita, o governo brasileiro quer aplicar tarifa antidumping para linha de produto que hoje não é taxada porque é considerada temperada. A alegação do governo é de que o produto não é temperado, mas os produtores europeus afirmam que contém cúrcuma.  

– Eles criticam o fato de o Brasil não dar acesso ao resultado dos testes e, por isso, vão fazer análises dos produtos em diversos laboratórios – adianta Alexandro Segala.

Para batata não temperada, a taxação antidumping varia de 2% a 42,2%, dependendo do país. E, além disso, os produtores europeus comentam que a linha para instituir o antidumping na batata com curcuma seria o mesmo que a Europa enquadrar o frango salgado do Brasil como sem tempero, e assim passar a ser taxado.    

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O presidente entidade catarinense também lamenta o plano de sobretaxar o camarão. Como o Brasil não produz o suficiente, se tributar mais o que vem de fora o produto vai ficar mais caro para todos. O consumo per capita no país é muito baixo, cerca de 300 gramas por ano.

– O plano é elevar em 32% o imposto de importação do camarão. Se isso acontecer, será o mesmo que dizer: pare de importar. Alegam que é problema sanitário. Mas se é problema sanitário, não é imposto que vai resolver, é sanitário o problema. É laudar o produto e dizer se pode entrar ou não – explica o presidente da associação.

A maior parte do produto importado vem do Peru, Chile e Equador. São fornecedores do Brasil há tempo e os produtos são bons. Na avaliação de Alessandro Segala, se essa taxação for aplicada, as importações vão cair, prejudicando restaurantes e o consumidor final.

De acordo com Alexandre Segala, o setor produtivo e distribuidor está negociando com o governo esses aumentos de impostos.

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