Santa Catarina chegou a 800 núcleos setoriais vinculados a 149 associações empresariais voluntárias e o número segue crescendo. Esses núcleos são a essência do trabalho da Fundação Empreender, que comemorou 30 anos dia 8 deste mês. Inspirados em modelo da Câmara de Artes e Ofícios de Munique (HWK), da Alemanha, eles incentivam empresas de todos os portes a se aproximarem para buscar soluções em conjunto para seus desafios.  

Continua depois da publicidade

Para o presidente da Fundação Empreender, Jonny Zulauf, esse é um movimento que fortalece as empresas, por isso só tem crescido desde que surgiu e teve expansão ainda maior na pandemia. Difundido no Estado pela Federação das Associações Empresariais (Facisc), ele também foi adotado pelo Sebrae nacional por meio do Programa Empreender, para difundir a metodologia em todo o país.  

– Quando as associações empresariais aceitaram esse projeto, elas criaram um corpo extraordinário, tirando aquele perfil de uma associação formada por aristocratas, grandes empresários, aqueles capitães de indústria, meio distante da realidade. Agora, o Empreender, faz com que o pequeno e microempresário, de forma organizada, esteja participando da associação. Mudou totalmente, nesses 20 a 30 anos o perfil do associativismo de Santa Catarina e isso está se projetando no Brasil todo – Jonny Zulauf.  

Segundo ele, durante a pandemia, as entidades empresariais sentiram mais os impactos positivos do associativismo com núcleos. Elas tiveram aumento no número de associados, aumento de receita e aumento no número de núcleos setoriais.

Na celebração dos 30 anos da fundação, em Joinville, a entidade homenageou o líder da parceria com a Câmara de Artes e Ofícios de Munique e Alta Baviera (HWK), empresário Henrique Loyola, e as associações pioneiras nessa iniciativa: as de Joinville, Blumenau e Brusque. O ex-presidente da Facisc, Alaor Tissot e o incentivador do programa Pedro Pamplona, também foram homenageados.

Continua depois da publicidade

O ex-presidente da Facisc, Alaor Tissot, lembrou que alguns anos após a assinatura do acordo com a Câmara de Munique, foi ele quem assinou o tratado pela federação com os alemães para receber 2 milhões de euros por ano, para desenvolver as atividades dos núcleos, a partir de 1995.

 – Os núcleos são os grandes propulsores das associações. Essa é uma atividade que pretendo apoiar mais na Acij. São eles que trazem novos associados, movimentam mais a agenda da entidade – afirmou Maria Regina Loyola Alves, presidente da Associação Empresarial de Joinville.

A empresária também destacou o trabalho da fundação na difusão de conhecimento sobre gestão empresarial para empresários associados. Esse braço de formação é desenvolvido por duas iniciativas, o Programa de Gestão e Vivência Empresarial (PGVE) e o Programa de Sucessão Familiar.

– O maior impacto é no associativismo. Os núcleos colocam muitos empresários do mesmo ramo fazendo negócios entre si, mostram que é possível crescer juntos, numa outra ótica – analisou Rita Conti, presidente da Associação Empresarial de Brusque, entidade que tem 26 núcleos.

Continua depois da publicidade

A grande aprovação da metodologia de núcleos setoriais indica que esse modelo de associativismo seguirá crescendo em Santa Catarina.