Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre como os brasileiros estão vendo a atual fase da pandemia, divulgada nesta sexta-feira, mostra que a população da Região Sul está mais otimista. Na média nacional, 26% das pessoas acham que a crise sanitária continua muito grave. No Sul, esse percentual cai para 19%. A pesquisa mostrou também que 4% dos sulistas consideram a pandemia nada grave, enquanto apenas 1% dos brasileiros veem o problema assim.

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Outro dado que mostra a visão mais otimista dos sulistas é sobre o medo “muito grande” da pandemia. Enquanto na região, 14% disseram temer muito a doença, na média nacional 22% mostraram esse temor maior. Além disso, 22% das pessoas do Sul informaram que não têm medo nenhum da doença enquanto no Brasil, 16% manifestaram essa tranquilidade.

Esta é a quarta edição da pesquisa da CNI sobre “Os brasileiros, a pandemia e o consumo feita em parceria com o Instituto FSB, que ouviu 2.000 pessoas em todo o país no período de 12 e 16 de julho, com margem de erro de dois pontos percentuais. Ela apurou que 43% da população tem uma vacina preferida e até gostaria de escolher, ser um “sommelier de vacina”, mas 91% informaram que se imunizam com o que estiver disponível no momento.

A população do Sul também se mostrou mais otimista com o avanço da vacinação. Enquanto 30% dos sulistas consideram o ritmo de imunização muito lento, no Brasil 36% têm essa opinião. Do total de entrevistados no Sul, 21% acham o ritmo de vacinação um pouco rápido enquanto, na média naciional, 17% avaiam assim. 

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É natural essa visão mais positiva sobre vacinas no Sul porque a região está entre as que mais avançaram em imunização. O Rio Grande do Sul é o segundo estado do Brasil com imunização total (duas doses ou dose única) de 25,88% da população. SC está em quinto lugar com 19,59% e o Paraná em sexto lugar, com 18,92%, informa matéria dos colegas Cristian Edel Weiss e Luana Amorim.

Quanto a atividade econômica, os sulistas mostraram que as medidas de restrição podem recuar. Do total de entrevistados, 54% disseram que concordam com a frase “Com mais pessoas vacinadas, poderemos relaxar algumas medidas restritivas”. No Brasil, 53% das pessoas estão de acordo com essa avaliação. Além disso, 49% acham que dá para flexibilizar no uso de máscara, enquanto 47% têm essa opinião considerando a média nacional.

A CNI tem feito esses levantamentos porque a retomada da atividade econômica no Brasil está diretamente ligada ao avanço da vacinação. E a pesquisa mostra uma relação direta entre avanço da vacinação e aquecimento econômico. Nessa edição, 47% da população revelou ter medo grande ou muito grande da Covid-19. No final de abril, 56% manifestaram esse temor.

Apesar do maior otimismo no Sul, para os setores econômicos de Santa Catarina interessa o resultado nacional porque o Estado é um exportador de produtos e serviços para todo o país.

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