Um dos temas mais abordados no lançamento do HubCG, empreendimento de games no Costão do Santinho, em Florianópolis, nesta quarta-feira, foi a necessidade de profissionais de diversas especialidades para as oportunidades de trabalho que serão criadas na área. O projeto prevê investimentos de R$ 300 milhões e a criação de aproximadamente 1.500 empregos entre diretos e indiretos nos próximos dois anos. A primeira ação é um curso de pós-graduação em games para 72 pessoas, que começou na noite desta quarta-feira.

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O evento de lançamento promovido pelo fundador e presidente do Costão do Santinho, Fernando Marcondes de Matos, e o autor do projeto, o professor Carlos Alberto Schneider, reuniu autoridades na sede do resort, no Norte da Ilha de SC. Entre as lideranças estavam o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, o vice-prefeito Topazio Silveira, o vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Glauco José Côrte, o presidente da Associação Empresarial de Florianópolis (Acif) Rodrigo Rossoni, o vice-presidente de Relacionamento da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Diego Brites Ramos e a presidente do Floripa Amanhã, Zena Becker.

O HubCG atuará em quatro áreas voltadas a games. Terá uma universidade para a formação de pessoas, atrairá e fortalecerá empresas desenvolvedoras de games, apoiará o desenvolvimento de games e também a prática, incluindo campeonatos nacionais e internacionais. Segundo Schneider, as demandas de profissionais para o setor são múltiplas e parte delas parecidas com as de estúdios de cinema.

– Nós precisamos de artistas para criar personagens. Muitos criam guerreiros, mas em game existe tudo quanto é tipo de personagem. Não é uma coisa simples. Nossa escola vai treinar artistas. Precisaremos de gente que trabalhe a qualidade do som de games. Isso é muito importante. São técnicas avançadas. Também teremos filmagens. Fazer um game pode ser mais complexo do que fazer um filme.

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E não resta dúvida, teremos que ter profissionais que entendam de informática avançada. Além disso, precisaremos de profissionais eu entendam de tecnologias mecânicas e simuladores, entre outros – observa Schneider, que é ex-professor da UFSC e um dos fundadores do polo de tecnologia de SC.

Idealizador do projeto do hub, Marcondes de Matos está no grupo que prospecta investidores para o empreendimento.

– O Costão do Santinho não vai colocar dinheiro, mas vai ceder espaço para sediar o empreendimento. O Costão tem 1 millhão de metros quadrados e uma infraestrutura que estará disponível para o HubCG. Se fossemos começar do zero, teríamos que investir cerca de R$ 100 milhões para instalar o projeto – disse o empresário.

Para o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, mais uma vez a cidade oferece oportunidade para investimentos na área de tecnologia, seguindo as tendências internacionais. Ele avalia que o ecossistema de inovação local é favorável a um empreendimento assim.

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– Florianópolis, muito mais do que ser referência em tecnologia, busca essas novas diversificações dentro da área tecnológica. O mercado de games é muito mais do que entretenimento. É educação, competitividade, acontece de maneira transversal em todo o sistema sem ao menos as pessoas perceberem. É um mercado de amplo crescimento geométrico, que é o que interessa para o município – afirmou Gean Loureiro.

O plano de Marcondes de Matos e parceiros para esse empreendimento é buscar crescimento rápido e de impacto no mercado. A expectativa é de que em 2026 o HubCG se torne um unicórnio (empresa de US$ 1 bilhão) e tenha receita da ordem de R$ 700 milhões.

A decisão de investir no setor ocorre em função da expansão desse mercado no mundo, que cresce 11% ao ano. Conta com 2,8 bilhões de jogadores no mundo e para 2021 a receita estimada é de US$ 176 bilhões.