Com tecnologias de ponta tanto na elaboração dos produtos quanto nos processos produtivos, a nova planta de alimentos pet da Nestlé Purina, em Vargeão, Santa Catarina, terá 50% da produção voltada para exportações. A informação é do CEO da Nestlé Purina Brasil, Marcel de Barros, que participou nesta quarta-feira (15) no lançamento da pedra fundamental da unidade que vai receber investimento de R$ 1 bilhão.

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– Hoje, as exportações representam 15% do volume da planta de Ribeirão Preto (SP). Em Santa Catarina, vamos subir para 50% e desenvolver novos mercados. Além dos que a gente já atende hoje – 12 países da América Latina, EUA e Europa – vamos abrir Rússia, Ásia e Oceania. A planta de SC vai estar inserida no supply chain global da Nestlé – explica Marcel de Barros.

Nestlé Purina lança pedra fundamental da fábrica em que investirá R$ 1 bilhão no Oeste de SC

Segundo ele, o primeiro movimento de terra para a construção da fábrica será no mês que vem e no quarto trimestre de 2023 a empresa planeja iniciar a produção da linha de alimentos úmidos. No segundo trimestre de 2024, ela prevê colocar em operação a linha de alimentos secos. Depois, conforme a demanda, em dois anos, em 2024 e 2025, vai executar a expansão, com investimento de mais R$ 1,5 bilhão na unidade.

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– A fábrica vai ter todo conceito de indústria 4.0, alto nível de automação, internet das coisas, mas também vai ter tecnologias específicas da Purina que garantem um produto superior, tanto em qualidade nutricional, quanto do ponto de vista cosmética (como aparece o produto) e de palatabilidade. Será a fábrica mais avançada da Purina globalmente – revela o executivo.

Para oferecer cada vez melhores produtos, a Nestlé Purina tem na sua matriz, em Saint Louis, Estados Unidos, o Purina Institute com 500 cientistas, onde investe US$ 300 milhões por ano em pesquisa. Os trabalhos envolvem tanto alimentos, quanto processos de manufatura.

Quanto ao impacto na unidade na economia catarinense, Marcel de Barros informa que a empresa vai priorizar fornecedores locais, em especial dos setores de suinocultura, avicultura e grãos. Em função desse impacto, a projeção é de que além dos 200 empregos diretos na primeira etapa, vai gerar de 600 a 800 empregos indiretos.

Do ponto de visa ambiental, a planta terá emissão de resíduos zero, vai ter todos efluentes tratados, toda geração de vapor será a partir de biomassa e a energia elétrica será renovável. A empresa ainda estuda a instalação de usina solar ou eólica. Segundo o CEO, toda a plana estará em linha com o compromisso da Nestlé de zerar emissões do efeito estufa até 2050.

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Pandemia acelera venda de petfood

Os elevados investimentos da Nestlé Purina em petfood estão em sintonia com o crescimento do mercado brasileiro, que é o terceiro maior do mundo no setor, só atrás dos EUA e China. A expansão do mercado global também influenciou positivamente no investimento da empresa.

No primeiro ano da pandemia, 2020, o consumo de alimentos pet cresceu 20% no Brasil e, para este ano, a projeção é de expansão de 30%. A partir do ano que vem, as expectativas são de crescimento anual mais normal, em torno de 10% a 12% ao ano. Essas informações e estimativas são da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (AbinPet).

Conforme Marcel de Barros, o crescimento do consumo de alimentos pet avançou na pandemia porque, em função do isolamento, mais pessoas adotaram animais de estimação. Como os pets colaboraram para melhorar a qualidade de vida dos seus donos, foram compensados com mais alimentos de alta qualidade. A maioria das aquisições foi por animais pequenos, que motivam mais consumo de alimentos premium.

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