Instantâneo e gratuito, o Pix completa nesta quarta-feira, 16 de novembro, dois anos de funcionamento como o meio de pagamentos mais usado no Brasil. Desde que teve início até o dia 30 de setembro deste ano foram feitas 26 bilhões de transações no país, que movimentaram R$ 12,9 trilhões e o uso continua crescente, apurou a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), com dados do Banco Central do Brasil.

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Gradualmente, o Pix foi superando outras formas de transferências de recursos e pagamentos como Doc, Ted, cartões de débito e de crédito. Em fevereiro deste ano se tornou o meio de pagamento mais utilizado no Brasil.

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Essa modalidade de pagamento instantânea começou a ser planejada em 2018, no governo de Michel Temer, quando o presidente do Banco Central era Ilan Coldfajn. Entrou em vigor, quase três anos depois.

Contudo, foi uma solução que chegou com mais de uma década de atraso no Brasil. Em 2011, no continente africano, mais de 20 milhões de pessoas de diversos países já usavam meio de pagamento semelhante.

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O número de transações com Pix no país segue crescendo de forma acelerada. Nos últimos 12 meses, houve um aumento de 94% no uso da tecnologia, segundo o presidente da Febraban, Isaac Sidney. Em setembro, foram transferidos R$ 1,02 trilhão e o ticket médio ficou em R$ 444.

A difusão dessa alternativa de pagamento é grande, atualmente, para valores menores, tanto pelo mercado formal, quanto informal. Para empresas, é mais rápido e mais barato receber por Pix.

Chama a atenção que nem todas as pessoas estão optando por essa alternativa gratuita de pagamento. Considerando a idade dos usuários, 64% têm entre 20 e 39 anos. Isso significa que milhares de brasileiros, principalmente mais velhos, ainda não estão usando esse meio de pagamento gratuito.

A maioria tem medo de golpes financeiros aplicados no mundo digital. Mas o Banco Central tem dicas no site, inclusive em vídeos, sobre como fugir dessas armadilhas criminosas. Eu mesma fui vítima de um golpe desses em outubro.  

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Entre os golpes mais utilizados estão: mandar mensagem de texto suspeita, recomendar ligar para central de atendimento falsa e oferecer “ajuda” para cadastrar uma chave.

A orientação é ignorar isso e procurar o gerente da conta. Se caiu no golpe, dificilmente a pessoa vai recuperar o dinheiro perdido. Mas é preciso fazer boletim de ocorrência na Polícia Civil.