Soma das riquezas municipais, o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios em 2021, divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE em conjunto com a Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) mostra a força de polos econômicos regionais num ano em que Santa Catarina teve um “pibão” de 6,8% frente ao ano anterior, 2020, afetado pela pandemia. Os destaques foram a faixa do litoral norte, a Grande Florianópolis e Chapecó.
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Numa inversão de posição na liderança, o município de Itajaí somou PIB de R$ 47,8 bilhões e superou Joinville, que teve R$ 45,1 bilhões. Outra inversão ocorreu na quinta posição, com São José, que chegou a R$ 13,8 bilhões, superando Chapecó, que seguiu colado, com R$ 13,7 bilhões.
A região do litoral norte se destacou com o avanço de Itajaí porque reúne uma série de diferenciais que atraem investimentos de todos os setores. Há décadas, é apontada por renomadas consultorias internacionais, entre as quais a McKinsey, como uma das regiões econômicas mais dinâmicas do Brasil.
Mas diversos municípios dessa área litorânea, incluindo Joinville, Jaraguá do Sul, Araquari, São Francisco do Sul, Piçarras, Barra Velha, Itapoá, Penha, Piçarras, Itajaí, Balneário Camboriú, e o Vale, que tem Blumenau como polo, crescem acima da média nacional há anos.
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O economista Paulo Zoldan, da Secretaria de Estado do Planejamento de Santa Catarina, que coordena a apuração do PIB do Estado e dos municípios em parceria com o IBGE, destaca o dinamismo econômico dessa linha litorânea.
– Essa região que vai de Itajaí e entorno, até Joinville e região, ano após ano, vem se consolidando como a mais dinâmica em economia no Estado e, também, está atraindo muita população. Ela se destaca por ter os maiores portos do Estado, importante densidade industrial, por avançar no comércio atacadista, no turismo em outros serviços – avalia Zoldan.
São José é um dos municípios que avançaram no ranking do PIB de SC porque cresceu nos três setores econômicos – serviços, comércio e indústria – influenciado pela força da região de Florianópolis.
Chapecó se destaca como polo econômico do Oeste porque tem a agroindústria exportadora. Ela impulsiona uma série de atividades, desde a indústria de equipamentos para o agro, construção civil e serviços, puxados pela geração de empregos.
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Santa Catarina tem a melhor distribuição geográfica da economia frente a outros estados. Um grupo de 11 municípios responderam por 50% do PIB catarinense em 2021. Nessa lista estão Itajaí (com 11,2% do total), seguido por Joinville (10,5%), Florianópolis (5,5%), Blumenau (4,8%), São José (3,23%), Chapecó (3,2%), Jaraguá do Sul (2,8%), Criciúma (2,35%), Brusque (2%), São Francisco do Sul (1,99%) e Palhoça (1,92%).
Apesar de um salto aqui outro lá, os dados do PIB de 2021 mostram que existe uma evolução equilibrada da economia de Santa Catarina em termos geográficos. Considerando os maiores municípios.
Em 2021, Itajaí, Joinville e Florianópolis responderam por 27,2% do PIB estadual e tinham 18,4% da população. E as 10 economias maiores detinham 47,6% do PIB total. Em 2002, portanto há duas décadas, Joinville, Florianópolis e Blumenau respondiam por 26,5% do PIB estadual e por 19,7% da população.
Pelos investimentos em andamento e previstos, existe uma tendência de litoralização da economia do Estado, com uma maior distribuição da geração de riquezas dentro dessa faixa litorânea.
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