Apesar de sofrer desaceleração devido aos impactos da Covid-19 e guerra na Ucrânia, o Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina acumulou crescimento de 6,4% nos 12 meses até março, estimou a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE). O resultado ficou abaixo da série de 12 meses do trimestre encerrado em dezembro, quando cresceu 8,3%. Mesmo assim, SC teve crescimento maior que a média nacional até março.
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Segundo o IBGE, o PIB brasileiro teve alta acumulada de 4,7% nos 12 meses até março de 2022. Esse resultado foi a média resultante de crescimento de 5,8% dos serviços, 3,3% da indústria e – 4,8% da agropecuária.
Santa Catarina, no mesmo período, teve crescimento de 7,6% no volume de serviços, 6,8% no varejo ampliado e de 4,3% da indústria de transformação, enquanto a agropecuária recuou -0,3%. Considerando os dois subsetores desse grupo, a agropecuária, com destaque para exportações, seguiu em alta enquanto a agricultura, atingida pela seca mais uma vez, recuou -4,3%.
– A economia catarinense, que vem crescendo acima da média brasileira desde 2016 e teve um período de crescimento alto em 2021, de 8,3%, um dos mais altos entre os estados brasileiros, passa agora por um processo de desaceleração. No primeiro trimestre do ano, os principais indicadores confirmam essa tendência – avaliou Paulo Zoldan, economista responsável pela elaboração do PIB catarinense junto ao IBGE.
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Mesmo em cenário difícil, um dos destaques do Estado foram as exportações. Elas atingiram o recorde de US$ 1,04 bilhão em abril, 12,3% maiores do que no mês anterior e, no acumulado do ano o Estado exportou 27,3% mais. Outro ponto alto é a geração de emprego. No primeiro trimestre encerrado em março, o Estado registrou taxa de desemprego de 4,5%, o que caracteriza pleno emprego e a menor taxa de desocupação do país.
Mas o economista Paulo Zoldan alerta que as perspectivas são de mais acomodação da economia do Estado nos próximos meses. Isso segue em função da inflação alta, restrições fiscais e alta taxa de juros para conter a inflação, além da continuidade da guerra Rússia-Ucrânia.