A economia catarinense segue crescendo acima da média da economia brasileira, mas ambas registram menor ritmo. No período de 12 meses até março deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) de SC cresceu 2,6% enquanto nos 12 meses de 2023 teve alta de 3,7%, estimou a equipe econômica da Secretaria de Estado de Planejamento. Na mesma comparação, o IBGE apurou que o PIB brasileiro passou de 2,9% em 2023 para 2,5% nos 12 meses até março.  

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Em SC, os setores que mais contribuíram para a desaceleração foram a agricultura, o comércio e serviços de alojamento e alimentação. A indústria de transformação acelerou crescimento após dois anos de retração, mas não foi suficiente para compensar a retração dos demais setores, avaliou o economista Paulo Zoldan, que coordena o estudo.

– O setor de serviços é o maior da economia e cresceu 4,2% nos últimos 12 meses até março. Apesar deste desempenho, observa-se uma desaceleração do crescimento em Santa Catarina (e ainda mais acentuado na média do País). Esta tendência, em grande medida, se deve a uma acomodação do crescimento, que ocorre sob uma base alta de comparação. Vale lembrar que o volume de serviços teve um crescimento bastante alto nos últimos três anos – analisa o economista Paulo Zoldan.

O comércio, que integra os serviços, também perdeu fôlego no primeiro trimestre do ano. Até março, teve alta de 3,6%, abaixo do crescimento de 4,1% em 2023. A principal causa foram os juros altos, que limitaram vendas a prazo.

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A agricultura do Estado, após dois anos de alta, enfrenta retração. A causa foram problemas climáticos que levaram a uma redução da área plantada. A pecuária de SC cresceu 3,6% frente aos últimos 12 meses até março, com destaque para maior produção da avicultura e suinocultura. Conforme Zoldan, a pecuária do Estado cresce há seis anos consecutivos.  

Depois de dois anos de recuos devido às dificuldades do mercado e crescimento alto durante a pandemia, a indústria de SC voltou a crescer. Teve alta de 1,1% na produção nos 12 meses até março.

As vendas da indústria foram impulsionadas pelo mercado de trabalho aquecido no Brasil, aumento de renda, queda da inflação e dos juros básicos. Os programas sociais como o bolsa família e benefício de prestação continuada (BPC) aqueceram o consumo em estados de renda média menor.

Considerando os grandes setores de SC, o mercado de trabalho seguiu aquecido e as exportações tiveram retração no primeiro trimestre. Olhando para o futuro, apesar de não haver ainda uma estimativa do impacto da tragédia no Rio Grande do Sul, o setor financeiro está prevendo crescimento de 2% a 2,7% do PIB brasileiro este ano. Para Paulo Zoldan, em 2024, a economia de SC deve acompanhar a média nacional.

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