Com elevado ritmo de atividades apesar da pandemia, a economia catarinense segue com desempenho acima da média nacional. O Produto Interno Bruto estadual cresceu 2,9% no acumulado dos 12 meses até março, frente ao mesmo período anterior, segundo apurou a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (SDE).

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No ano passado, esse cálculo anualizado registrou queda de 0,9% no PIB estadual enquanto o nacional, apurado pelo IBGE, recuou 4,1%. No acumulado de 12 meses até março, a economia do país caiu 3,8%.

Arrecadação de SC em maio é de R$ 2,98 bilhões, com alta de 59%

Os dados de SC mostram que o impacto da pandemia já foi superado. O que puxou a geração de riqueza para cima até março foi o crescimento de 2,5% dos serviços, que respondem por 68% do PIB e incluem também a alta de 4,6% do comércio; a indústria que cresceu 4,6%; e a construção civil, 14,8%. A agropecuária caiu 0,8% devido à seca, o que fez a agricultura recuar 5,2%, e a pecuária cresceu 4,5%.

– Na comparação com as 14 maiores economias do Brasil, quando observado o período de 12 meses encerrados em março de 2021, relativos ao mesmo período anterior, o Estado figura como o de melhor desempenho em serviços, terceiro na produção industrial e quarto no crescimento do volume de vendas do comércio. Na geração de empregos formais, SC passou da terceira posição em março, para a primeira em abril – explica Paulo Zoldan.

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Teve influência importante também o desempenho de setores no primeiro trimestre. Segundo o IBGE, a indústria cresceu 17,8% frente ao mesmo período de 2020, os serviços avançaram 9,4%, o comércio 7,7%, as exportações 4,3% e as importações, 46,6%.

Ao comentar o resultado do PIB catarinense dos últimos 12 meses, o governador Carlos Moisés disse que os dados mostram retomada do crescimento da economia catarinense e do empreendedorismo empresarial. Também são resultado do esforço do governo para garantir segurança aos investimentos.

De acordo com o economista, as projeções para o crescimento do PIB do país estão mais otimistas, subiram para perto de 5%. A expectativa é de que a economia catarinense acompanhe ou até supere essa média, mas é preciso atenção com riscos como a continuidade da pandemia, demora das vacinas e riscos fiscais com a falta das reformas.

As projeções de crescimento do PIB brasileiro são inferiores às de grandes economias no exterior, a maioria com alta prevista acima de 6%. Santa Catarina pode ficar perto disso. Vai se beneficiar das exportações e do maior crescimento do mercado interno. Mas entre os riscos, existe também o baixo índice de chuvas, que pode levar ao racionamento de energia, e o risco político, de a pandemia comprometer a imagem do presidente Jair Bolsonaro, o que pode levar o governo a uma atuação mais populista.

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