A mobilidade elétrica para a maioria dos moradores de Florianópolis pode chegar a partir da conversão de ônibus à combustão em elétricos porque o custo é menor do que investir em novos veículos elétricos. Essa ideia é defendida pelo professor de engenharia mecânica do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Erwin Teichmann, que fez palestra nesta quinta-feira no C-Move Sul, sobre ônibus elétricos. Segundo ele, na Alemanha, essa conversão já é feita.
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– Não somos os primeiros a pensar nisso. A cidade de Munique e a Startup Pepper, estão fazendo a conversão de ônibus e caminhões de diesel para elétrico com sistema de aquecimento e ar-condicionado – destaca Erwin Teichmann, que é doutor em engenharia mecânica pela UFSC e acompanha de perto o que é feito na Alemanha.
O C-Move Sul começou nesta quinta-feira e continua nesta sexta no Boulevard do Aeroporto Internacional de Florianópolis. O evento, que acontece das 10h às 18h, está discutindo mobilidade verde e veículos elétricos.
Conforme o professor do IFSC, o investimento em ônibus elétricos pode ser até 3 vezes maior do que em ônibus novos a diesel que atendem as novas normas de emissões. Florianópolis tem cerca de 500 ônibus. A compra de 20 ou 30 veículos não permite uma transição rápida e representa um investimento da ordem de R$ 30 milhões, estima ele.
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Para Erwin Teichmann, caso a opção seja pela conversão dos veículos para elétricos, isso requer um trabalho coordenado com as empresas e o poder público para definir as linhas que poderão contar com esse sistema.
– A redução de custos pode ser muito grande associando geração de energia sustentável e o carregamento dos veículos – afirma o pesquisador.
Ele revela que tem usina solar na residência e há três anos usa carro elétrico abastecido por essa geração de energia, portanto, sem custo de combustível. Para ele, um sistema de transporte coletivo assim reduziria os custos operacionais e, também, a poluição atmosférica urbana.
O IFSC desenvolve pesquisas para conversão de veículos à combustão em elétricos, em parceria com a Celesc e a Embrapii. O Brasil fabrica quase todos os itens necessários para fazer conversão de veículos.
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Nesta sexta-feira, o C-Move Sul discute coexistência de tecnologias e múltiplas rotas tecnológicas, o Programa Mover do governo federal, cidades inteligentes e mobilidade sustentável.
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