Filas para adquirir ingressos, para comprar pipoca e muitas pessoas vestidas de rosa. Esse cenário em cinemas de shopping centers que teve início dia 20 continuou no segundo final de semana da onda do filme Barbie. A bilheteria no mundo somou US$ 774,5 milhões (R$ 3,66 bilhões) em 10 dias, o que sinaliza faturamento bilionário também em dólar para breve. Mas além do impacto financeiro, o filme impulsiona diversos debates sobre gênero: elas ou eles no poder?
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Aproveitei o domingo para entrar nessas filas e assistir ao filme com uma amiga e a filha dela de 15 anos, que estava vendo pela quinta vez. Fã da diretora Greta Gerwig, a jovem destacou o investimento na produção, de US$ 150 milhões, os salários iguais dos protagonistas Margot Robbie (Barbie) e Ryan Gosling (Ken) de US$ 12,5 milhões (R$ 59 milhões) cada e o fato de a construção da cidade cenográfica “Barbielândia” ter esgotado os estoques globais da tinta rosa fluorescente da marca Rosco.
Embora esteja arrastando adolescentes para os cinemas, na minha opinião esse não é um filme só para meninas com idade entre 12 anos e 18 anos. Está mais para todas as pessoas acima de 12 anos por levantar debates e alertar sobre várias questões que oprimem as mulheres, como falta de reconhecimento para capacidade de liderança, de talento, imposição da ditadura da beleza, machismo e outros problemas do dia a dia delas.
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No país-fantasia das Barbies, a presidente da república é uma jovem negra, uma médica lidera atendimento de saúde de emergência, uma jovem é ganhadora do Prêmio Nobel e uma Barbie acima do peso é advogada. Quando a Barbie típica sai para o mundo real se depara com inúmeras situações de machismo e desrespeito, inclusive na fábrica onde foi fabricada.
A propósito, a Barbie foi criada pela empresária Ruth Handler, cofundadora da Mattel. Fez para a filha Barbara (chamada de Barbie) uma boneca que trocasse de roupa de acordo com as profissões. Assim, indicaria que ela poderia seguir a carreira que quisesse. No filme, a Ruth aparece reforçando a questão do empoderamento feminino.
Entre um enredo e outro, o filme chama a atenção sobre quem exerce liderança nas cidades e países. Faz refletir sobre como as lideranças masculina e feminina são exercidas, na maioria das vezes com a supremacia deles.
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A mensagem do filme é que, apesar de todas as pressões enfrentadas pelas mulheres, elas podem chegar no topo se quiserem e se empenharem para isso. Também devem colaborar para ajudar a derrubar barreiras para outras mulheres.
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Nossa parceira de filme assistiu ao longa cinco vezes porque acredita e faz parte da construção de um mundo igualitário, ela e toda uma geração que se identifica com a história contada. Estudam, têm sonoridade e combatem qualquer tipo de preconceito de forma natural, enfrentando desafios. Têm muito a conquistar, serão o que quiserem na vida, num longo caminho de conquistas. Embora as jovens encontrem mais sintonia na história, o desafio é colocado para todos porque um mundo com mais equidade é mais próspero e mais feliz.
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