Em três anos de atuação, o Ágora Tech Park, de Joinville, polo voltado à tecnologia da informação e comunicação no Perini Business Park, já sedia 98 empresas e organizações, das quais quase um terço (29%), tem atuação internacional. Essa é a conclusão de novo levantamento do Ágora, que vê na internacionalização uma forma de crescer rápido. Isso inclui atração de unidades de empresas do exterior como a Pixida, da Alemanha, que atua com soluções digitais para transportes e smart city.
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Situado no município que é o maior polo econômico de Santa Catarina, tendo ao lado dezenas de indústrias exportadoras, o Ágora tem potencial para acelerar esse diferencial. As empresas residentes do parque tecnológico faturaram R$ 750 milhões em 12 meses até março e empregam diretamente 1.418 pessoas. As startups geram 147 empregos diretos e tiveram receita anualizada de R$ 30 milhões no mesmo período.
Diante desse perfil de mercado, é natural que as soluções desenvolvidas sejam mais para empresas do que para consumidores finais. Do total de empresas de TI, 69,5% são B2B, para negócios entre empresas; e 25,3% são B2B2C, que incluem soluções para empresas e consumidores. Para atender somente consumidores, no perfil B2C, são apenas 5,3%.
Entre os 98 CNPJs que integram o ecossistema do Ágora Tech Park estão 28 empresas, oito corporates, 15 startups incubadas e 5 startups consolidadas. Nesse grupo estão, também, 14 entidades e associações empresariais que decidiram participar do mesmo ambiente para ampliar conexões.
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Nessa lista de entidades estão a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII), Sebrae-SC e, mais recentemente, entrou também a sede catarinense do grupo empresarial World Trade Center, que reúne executivos da Região Sul e trabalha pela internacionalização de empresas.
Para o presidente do Instituto Ágora, Emerson Edel, o parque tecnológico potencializa a capacidade de a indústria local se inserir na área de inovação e agregar valor não só para seus projetos, mas também para o mercado e à comunidade em geral. A presidente do WTC, Daniela Abreu, explica que a escolha de Joinville para sediar o WTC em SC foi por ser o maior centro econômico do Estado e ter alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

A vinda de empresas como a alemã Pixida não surpreende. É que o Perini Business Park, por oferecer infraestrutura de primeiro mundo começando pela locação de espaços empresariais, já sedia unidades de dezenas de multinacionais. A atuação da Pixida, que inclui tecnologias para transporte, logística e internet das coisas, atende demandas do Perini City Lab, que é um projeto-piloto de cidade inteligente.
A propósito, o próprio Perini Bussines é um investimento internacional, do empresário italiano Fábio Perini, que posteriormente foi transformado em fundo imobiliário, tendo sócios de diversas regiões. É o fundo FIIB11, da bolsa brasileira B3.
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