Em ação inédita no Brasil para reduzir riscos de casos de influenza aviária em produção comercial, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) decidiu pelo abate para consumo de todas as aves domésticas de sete municípios do litoral. Depois, os produtores são indenizados e orientados a não produzir mais enquanto durar a emergência sanitária. Santa Catarina não fará o mesmo por ter litoral maior.
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– É uma proatividade para que o Estado não tenha caso de influenza aviária como aconteceu em Santa Catarina. A doença vem, normalmente, com aves migratórias que chegam pelo litoral. Ao todo, são cerca de 800 famílias, que não poderão realojar (voltar a produzir) enquanto durar a emergência sanitária – explicou o empresário Roberto Koefer, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar).
Koefer, que também tem produção avícola em SC, participou do evento de encerramento de simpósio técnico de avicultura, na noite desta quinta-feira, em Florianópolis. Segundo ele, o ideal seria que Santa Catarina e outros estados fizessem o mesmo que o Paraná.
Mas segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes de SC (Sindicarnes), José Antônio Ribas Junior, em Santa Catarina não será possível fazer essa mesma prevenção sanitária pelo tamanho do litoral e número de propriedades rurais que teria que ser indenizadas.
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– Paraná tem um litoral de 100 quilômetros. Santa Catarina tem um litoral de 500 quilômetros. Muda muito. Além disso, o litoral deles não tem atrativo de aves migratórias. O nosso é muito atrativo para todo tipo de espécie. Se entrarmos com uma ação dessa, não estaríamos falando de 800 propriedades como no Paraná, mas de 10 mil propriedades. Seria muito difícil operacionalizar tudo isso – explicou Ribas Junior.
Segundo ele, o trabalho de prevenção, conscientização e vigilância que a Cidasc (agência de defesa agropecuária de SC), o Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa) e o Ministério da Agricultura estão fazendo em Santa Catarina é exemplar.
Na opinião de Ribas Junior, a ação do Paraná é extraordinária, mas replicar em SC é muito difícil. Para ele, o trabalho no Estado está certo e foi muito rápido e eficiente quando ocorreu um caso em propriedade não comercial no Sul do Estado, em Maracajá.
Na avaliação do presidente do Sindicarnes, este não é o momento de aumentar a produção de aves domésticas. O ideal é que as produções estejam mais protegidas, fechadas.
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SC teve as exportações de carne de frango suspensas para o Japão no mês passado, por período de 30 dias, devido a ocorrência do caso de gripe aviária em produção não comercial no Sul do Estado. Os negócios já foram retomados.
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