A enchente sem precedentes colocou a necessidade de deslocar bairros ou até cidades de lugar no Rio Grande do Sul. Na avaliação do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, essa reconstrução que envolve famílias e empresas requer a liberação rápida de crédito com juro zero ou inclusive recursos sem devolução.
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– O governo do Rio Grande do Sul já enfrentava dificuldades financeiras. Agora, está com muito mais dificuldades. Então, o governo federal precisa ser assertivo naquilo que vai propor para ajudar efetivamente com financiamento a juro zero ou até alcançar recursos sem devolução para, efetivamente, recuperar a economia do Rio Grande do Sul, que é muito importante para Santa Catarina e para o Brasil. A participação do Rio Grande do Sul é relevante na economia brasileira. Nós, que somos vizinhos, vendemos e compramos muito de empresas gaúchas, vamos sentir. Todos os estados vão sentir e, no contexto nacional, fará uma grande diferença. É por isso que o governo federal precisa agir rapidamente, sem burocracia, simplificando processos, para que os recursos cheguem e possam dar um ânimo para a recuperação – afirmou Jorginho Mello.
Ainda conforme o governador catarinense, o setor público pode recuperar obras públicas, fazer estradas, escolas e outras. Mas para famílias e empresas que tiveram perdas na enchente, a ajuda tem que ser direta, com crédito ou recursos.
– É preciso dar apoio para que as pessoas possam se reerguer, tanto no CPF, quanto no CNPJ. Hoje, um grande problema no Rio Grande do Sul são as empresas que estão debaixo da água. Então, o gaúcho, além de perder a sua moradia, ele perde o seu emprego. Isso é muito grave – destaca Jorginho Mello.
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Foi com crédito acessível que o governo catarinense ajudou as empresas afetadas pelas chuvas de outubro e novembro de 2023 no Estado. Como foi autor do projeto do Pronampe nacional em 2020, quando senador, o governador lançou um programa específico, o Pronampe Emergencial, para essas enchentes.
Conforme o grau de dificuldade, empresas receberam crédito a juro zero ou com 50% do juro pago, mais 12 meses de carência e 36 meses para pagar. O BRDE, por exemplo, emprestou R$ 150 milhões desse Pronampe Emergencial em poucos dias, no mês de dezembro, com apoio de cooperativas de crédito nas cidades mais atingidas.
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