A falta de chuvas em boa parte do Brasil, que reduziu a geração hidrelétrica, pode levar o país a um novo racionamento de energia na opinião de 63% dos industriais brasileiros. É isso que mostra pesquisa feita junto a 572 indústrias de todos os portes pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento apurou também que a crise hídrica preocupa 90% dos empresários e que os aumentos do custo do insumo preocupa 83%.
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Questionados sobre como enfrentarão o problema, 34% informaram que pretendem investir em medidas que levem à eficiência energética e 26% revelaram que planejam investir em autogeração ou geração distribuídas. Dos entrevistados, 22% informaram que pretendem reduz o consumo de energia no horário de pico.
Essa sondagem da CNI mostra que o setor produtivo está preocupado com a crise hídrica enquanto o governo federal não valoriza o problema, apostando que vai resolver com importação de energia e geração térmica. Prova dessa preocupação das empresas é que 52% informaram que a crise hídrica reduzirá a competitividade das suas empresas.
O risco de racionamento existe no Brasil porque mais de 60% da geração de energia do país é por hidrelétrica, o que depende de água de chuva. Além disso, o país não investiu o suficinete em geração firme, ou seja, aquela que produz energia independentemente do clima, o que inclui usinas térmicas a gás natural, diesel e carvão mineral. Outra opção de energia firme é a nuclear.
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A pesquisa foi realizada entre 25 de junho a 2 de julho junto a 145 pequenas empresas, 200 de médio porte e 227 de grande porte.