Entre os impactos econômicos causados pela pandemia está o interesse maior para empreender por parte dos brasileiros. O relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), elaborado em parceria com o Sebrae e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ) apurou que a taxa de empreendedorismo potencial no país em 2020 subiu 75%. Passou de 30% em 2019 para 53% ano passado. A abertura de uma empresa reúne muitos sonhos, mas são grandes os desafios para continuar o negócio, entre os quais a morosidade de decisões do setor público.

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De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, uma das razões pelas quais cresceu o interesse em ter negócio próprio no país foi a perda de emprego na pandemia. Ele foi um dos palestrantes de sessão especial do Senado no Dia da Micro e Pequena Empresa (05/10), quando os palestrantes destacaram a importância desse segmento que responde por 97% das empresas do país, mas apontaram demandas urgentes não atendidas.

Uma delas é a aprovação da lei para parcelamento de dívidas do segmento junto à União. O presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, senador Jorginho Mello (PL-SC), na mesma sessão, recomendou ao presidente da Câmara, Arthur Lira, que coloque em votação logo o projeto de parcelamento de dívidas. No dia seguinte ele voltou a fazer essa cobrança na tribuna do Senado.

Santa Catarina é um dos estados com forte segmento de micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais (MEIs). No primeiro semestre deste ano, o saldo de novas empresas em SC cresceu 38%, do qual 77% eram MEIs. Segundo a Junta Comercial (Jucesc), desde o início da pandemia foram constituídos 163 mil novos MEIs em SC. São pequenos negócios que precisam de mercado e de menos travas para trabalhar.

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