Enquanto o presidente Jair Bolsonaro politiza a vacina de origem chinesa que pode ajudar o Brasil a sair da pandemia, o embaixador da China no país, Yang Wanming, mantém a qualidade da diplomacia do país asiático. Dia 4 de novembro, ele será palestrante da Logistique 2020, que é realizada anualmente em Joinville e desta vez será virtual. Questionado esta semana pela assessoria do evento sobre relações diplomáticas entre os dois países e outros temas, Wanming disse que a parceria global entre as duas nações é cada vez mais rica e diversificada, abordou questões gerais e, especificamente a pandemia.

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– Desde o início da pandemia, os chefes de Estado e os chanceleres dos dois países mantiveram o diálogo por telefone e por correspondências e alcançaram importantes consensos sobre o enfrentamento conjunto da Covid-19 e as cooperações pragmáticas no pós-pandemia – afirmou o embaixador.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil e de Santa Catarina. Durante a pandemia, os negócios bilaterais cresceram 6,2% entre os dois países, informou o diplomata. Conforme dados da balança comercial brasileira, o Brasil exportou para a China de janeiro a setembro US$ 53,39 bilhões, o que corresponde a 34,1% das exportações totais. Na pauta, foram principalmente alimentos e minérios. Na outra corrente, de lá para cá, o Brasil importou US$ 24,6 bilhões de janeiro a setembro, 21,5% do total comprado no mercado externo. No caso de Santa Catarina, até anos anteriores, a liderança das exportações estaduais variava entre os destinos Estados Unidos e China. Neste ano, com a pandemia, o gigante asiático se consolidou como o maior parceiro do Estado.

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