Os vencimentos dos 146 mil servidores ativos e inativos do Estado serão pagos na próxima terça-feira, 30 de abril, como já antecipei aqui na coluna semana passada. É uma folha no valor superior a R$ 1 bilhão de reais. Este será o segundo mês com 30 dias de isolamento social recomendado para prevenção à Covid-19 que o Estado consegue pagar os salários em dia e também fornecedores.
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Em maio, como a ajuda do governo federal não veio, o secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, usou os recursos de uma provisão da pasta. Neste mês, foi a chegada da ajuda do governo federal aos estados que cobriu parte da folha e demais despesas que ficaram em aberto com a receita menor.
Junho ainda não se encerrou, mas a coluna apurou que os números até agora apontam que a arrecadação foi melhor do que no mês anterior. Assim, pode até ser que o fundo do poço da crise da pandemia no estado tenha sido maio, quando a arrecadação caiu 22% frente ao mesmo mês de 2019. Em abril caiu 19% na comparação com o mesmo mês de 2019.
Mas diante do crescimento do número de casos de Covid-19 no Estado, cidades estão voltando a restringir atividades e há dúvidas se será necessário ou não um novo lockdown, como o iniciado em 17 de março. Por isso, o fundo do poço pode não ter sido maio.
Como a retomada das atividades econômicas começou ainda em abril e agora está melhor, a grande questão no meio empresarial é se a recuperação será em U ou V ou W. O secretário Paulo Eli falou que pode ser em U ou em V, com um W menor no final.
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Em evento virtual promovido pela Universidade de Blumenau, na noite desta quinta-feira, ele disse que até setembro o governo contará com a ajuda federal para pagar folha e fornecedores. Depois, a receita terá que ser por conta do Estado.
Os últimos dados do Banco Central sobre atividade econômica mostram que SC está melhor do que a média. O agronegócio e a diversificação econômica podem fazer a diferença para o estado não ter uma retração econômica de 9% no ano, como a prevista pelo FMI para a economia brasileira.