A robusta oferta de crédito é uma das melhores formas de acelerar a atividade econômica. No Brasil, uma das novidades que vão ajudar na expansão do crédito é o avanço do Banco Central na autorização de agentes para registrar ativos financeiros como duplicatas, notas promissórias e outros. Esse tema foi destaque na Convenção Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em palestra do CEO da entidade registradora SPC Grafeno, Magno Lima Neto.

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Segundo o executivo, em três anos a oferta de crédito no Brasil poderá passar dos atuais 40% do Produto Interno Bruto (PIB) para 120% do PIB, a exemplo de países desenvolvidos. Isso porque, os avanços do BC em regulamentações e as tecnologias digitais dão mais segurança para operações financeiras no mercado.

A SPC Grafeno é uma registradora de ativos financeiros, resultante da associação entre o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a empresa de finanças Grafeno. Ela é autorizada pelo Banco Central para fazer registros.  

– É como se a gente fosse um serviço terceiro do Banco Central. Nossa função no mercado é quando há antecipação de recebíveis de cartão de crédito, duplicata, CCB e notas promissórias fazer o registro do novo dono desse ativo. Por exemplo: uma loja vende por cartão de crédito. O direito de receber o pagamento é da loja. Mas quando ela pega esse cartão e antecipa o dinheiro junto ao banco, o direito de receber o valor do cartão vai para o banco. A SPC Grafeno pega esse valor e faz o registro de que aquele direito creditório é do banco em não mais da loja que fez a venda e antecipou o recebível – explica Margo Lima.

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Para ele, o Brasil tem um enorme potencial de geração de crédito. Mas para gerar mais crédito, fazer com que chegue até as empresas é preciso ter segurança e transparência. Esse processo de registro dá segurança.

– Nos próximos três anos, o mercado de crédito vai se transformar no Brasil. Um dos principais motivos é o regulatório. O banco central tem trazido inovações dentro das regulações que tem feito como o Pix, Drex (real digital), entidade registradora (como a nossa) e o cadastro positivo. Tudo isso vai viabilizar um crédito mais seguro, um crédito mais competitivo, vai possibilitar a entrada de capital externo para o Brasil para que a gente consiga expandir a oferta de crédito e que ele seja de fato um instrumento de crescimento para as empresas e para a economia brasileira – destacou Magno Lima.

De acordo com o executivo, a oferta de crédito no Brasil é limitada e os juros são elevados porque o risco de conceder crédito no Brasil é alto. Quando esse risco é reduzido na área financeira, o juro cai. Um exemplo de risco é a possibilidade de registrar duplicata em vários locais.

Uma tecnologia que começa a ajudar também nessa área é a tokeinização de ativos. Segundo ele, a expectativa é de que ainda este ano o Banco Central aprove a duplicata estrutural, que já nasce registrada. O potencial de crédito por duplicata no Brasil é de aproximadamente R$ 10 trilhões, destacou o CEO do SPC Grafeno.

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Sobre ativos financeiros

No Brasil, os ativos financeiros são títulos, direitos creditórios ou outros instrumentos financeiros que podem ser registrados ou ter depósito centralizado.

De acordo com o Banco Central, entre os ativos financeiros estão Certificado de Depósitos Bancários (CDB), letras financeiras, duplicatas escriturais, recebíveis de arranjos de pagamentos, e objeto de desconto em operação de crédito ou escriturados.

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