Para os brasileiros, o dia da eleição é leve, festivo, de orgulho próprio e de autoestima elevada. Afinal, é quando, diante da urna, todos cidadãos acima de 16 anos são iguais: mulheres ou homens, ricos ou pobres, jovens ou adultos, brancos, pardos, pretos ou amarelos. Isso tudo assegurado pela Constituição do país.

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Mas a surpresa da eleição deste domingo no Brasil e em Santa Catarina é que muito mais empresas e pessoas querem limitar essa liberdade individual, procurando influenciar a decisão de voto de outros, na maioria das vezes de empregados que precisam do trabalho, o que consiste em assédio eleitoral, portanto ilegal, que afeta a democracia.

A manifestação de intenção de voto é livre no país. Pode ser feita nas conversas entre pessoas, nas redes sociais, em roupas, adesivos, veículos, janelas e de outras formas. Mas, nas empresas, donos do negócio, executivos ou chefes não podem pedir a empregados que votem em determinados candidatos e façam ameaças se isso não ocorrer. Isso é abuso de poder econômico, considerado crime eleitoral na maioria dos casos. O mesmo vale para chefias em órgãos públicos.

Quando as pessoas vão às urnas votar com liberdade, elas escolhem os candidatos que, na visão delas, vão trazer um melhor bem-estar para a sociedade e, consequentemente, para si. No momento da urna, conhecimento e sentimento de cada um deve ser respeitado.

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Se o empresário, com as suas informações sobre o cenário econômico do Brasil e do mundo, vê em determinado candidato a possibilidade de a economia crescer mais e gerar mais empregos; o trabalhador, com a sua experiência de vida administrando renda menor em momentos de crise também tem sua opinião sobre quais candidatos serão melhores para promover o crescimento econômico no atual momento.

A difusão de informações para convencer alguém sobre cenário melhor ou pior com determinadas candidaturas ou partidos é livre. Existem muitas narrativas consistentes. Mas na hora da eleição é preciso respeitar o indivíduo.

No momento da urna, a decisão é soberana de cada um para votar de acordo com a sua consciência, suas emoções e convicções. Eleitora ou eleitor, faça valer seu direito de voto livre garantido pela democracia brasileira. Este domingo, 30 de outubro, é dia de exercer a liberdade do voto sem pressão de ninguém.