O crescimento acelerado no número de profissionais de saúde no Brasil, em especial médicos, que estão se especializando na Medicina do Estilo de Vida (MEV), vai resultar em melhor saúde aos brasileiros. Diante da força dessa mudança, a presidente do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida (CBMEV), a médica Silvia Lagrotta, estima que daqui a aproximadamente cinco anos o Brasil será referência mundial em vida saudável.
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Silvia Lagrotta é uma das líderes do 7º Congresso Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida, que reúne cerca de 400 profissionais do país no Hotel Majestic, em Florianópolis, até este sábado. Ela destaca que o Brasil é o segundo país que mais certifica profissionais para a prática da medicina do estilo de vida. Está atrás somente dos Estados Unidos. O colégio brasileiro já tem 1.500 membros e 300 têm a certificação internacional.
Veja fotos do 7º Congresso Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida em Florianópolis:
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– Com esse crescimento exponencial de profissionais, acho que o Brasil vai ser a bandeira de estilo de vida saudável para o mundo. Com o elevado interesse que registramos na realização das provas (para certificação internacional) em Florianópolis e, agora, com o projeto de lei que cria a Semana Nacional de Medicina do Estilo de Vida, eu tenho certeza de que, em breve, a gente vai estar aí (como referência internacional) – afirma a presidente do CBMEV, Silvia Lagrotta.
A propósito, duas decisões políticas pela criação de semanas de estilo de vida foram destacadas na abertura do congresso, quinta-feira à noite, por Fernanda Bornhausen, diretora regional do Colégio Brasileiro da Medicina do Estilo de Vida e integrante da comissão científica do evento. O projeto de lei do deputado estadual Napoleão Bernandes, que criou a Semana Estadual do Estilo de Vida; e a emenda apresentada pela deputada federal catarinense Carmen Zanotto, que propõe a criação da Semana Nacional de Medicina do Estilo de Vida.
O deputado Napoleão Bernardes foi homenageado no evento pela iniciativa. No projeto que conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa de SC, por uma emenda, ele sugeriu que a Semana da Medicina de Estilo de Vida deverá ser realizada sempre na segunda quinzena de maio, quando acontece também a Semana Global de Medicina do Estilo de Vida.
O congresso abriu oficialmente quinta-feira à noite. Mas, durante o dia, 80 profissionais de saúde das diversas regiões do Brasil fizeram o teste para obter a certificação internacional concedida pelo International Board of Lifestyle Medicine (IBLM) reconhecida pela aliança global de 32 nações que contam com o movimento da medicina do estilo de vida.
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A maior difusão da medicina do estilo de vida gera um ciclo positivo. Isso porque, quando as pessoas são mais saudáveis há uma redução de custos em tratamentos de saúde e também redução de investimentos na área, observa a presidente do CBMEV, Silvia Lagrotta.
– Ela torna o sistema de saúde viável porque, hoje, a gente tem uma medicina perde-perde. Ninguém está satisfeito. Está todo mundo pagando muito dinheiro. E a medicina do estilo de vida traz uma medicina de ganha-ganha – assegura a presidente do CBMEV.
Médicas de SC fazem teste para certificação
Entre os 80 profissionais de saúde que fizeram a prova para certificação internacional 10 são catarinenses. Nesse grupo, estão as jovens médicas graduadas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Iana Fazzioni e Fernanda Tasso Borges Fernandes, que atuam no programa Saúde da Família de São José, na Grande Florianópolis.
Graduada há seis anos, Iana Fazzioni fez residência em medicina de família e comunidade. Ela conta que começou a se interessar pela medicina do estilo de vida (MEV) e foi conhecer mais o assunto no congresso realizado pelo CBMEV ano passado, no Rio de Janeiro. Agora, ela já está fazendo as provas para obter a certificação.
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– No congresso do Rio eu me encantei pela potência que é a medicina de estilo de vida e pela qualidade científica também que o colégio tem trazido para o Brasil. Então, eu decidi este ano me focar e fazer a prova de certificação para estar no meio desses colegas que estão trazendo as evidências científicas para a população – destaca Iana Fazzioni.
Iana Fazzioni já começa a recomendar a pacientes mudanças de hábitos previstas na MEV. E, quando estiver com certificado, também pensa em atuar em consultório nessa área, além do trabalho na área pública.
Projeto semelhante está seguindo a médica Fernanda Tasso Fernandes, colega de Iana Fazzioni na atuação em saúde da família, em São José. Ela também fez a prova para obter a certificação como médica da MEV e já sugere a paciente mudanças de hábitos para melhorar a saúde.
– Hoje em dia, a maioria das pessoas morre de câncer ou de doenças cardiovasculares. Essas doenças a gente consegue prevenir com hábitos saudáveis – enfatiza Fernanda Tasso.
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Entre os pacientes que ela já recomendou mudanças com base no estilo devida, Fernanda Tasso divulga o caso de uma mulher que foi diagnosticada com diabetes, mas não queria depender de insulina. Para isso, ela aceitou o desafio de mudanças de hábitos como a redução de consumo de açúcares, alimentos ultraprocessados e inclusão de mais verduras, legumes e frutas. Ela também passou a fazer mais atividade física e conseguiu reverter a doença sem o uso da insulina.
Os seis pilares da medicina do estilo de vida
Para as pessoas terem mais saúde, a medicina do estilo de vida recomenda seis pilares básicos. Praticados em harmonia, eles permitem chegar perto dos 100 anos sem doenças. Os pilares são: nutrição, atividade física, manejo do stress, controle de substâncias tóxicas, qualidade do sono e conexões sociais.
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