Entre as mudanças em estudo pela equipe do futuro governo de Jorginho Mello está a redução do percentual de pagamento de dividendos aos acionistas da Celesc. O governador eleito disse que está sendo analisada a redução de 40% para 25% do lucro. O plano é ter mais recursos para ampliar a instalação de rede elétrica trifásica no interior do Estado.

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A informação foi divulgada por Jorginho Mello durante participação dele na reunião da diretoria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) na manhã desta sexta-feira. Essa mudança pode ter resistência dos acionistas da empresa que são, em sua maioria, do setor privado.

Para o conselheiro de administração Marcelo Gasparino, que já integrou o conselho da Celesc, o pagamento de dividendos não impede investimentos. Na opinião dele, pode ser feito um projeto para ampliar os investimentos da empresa visando impulsionar o agronegócio. Segundo ele, SC é um dos estados brasileiros com a melhor rede de distribuição de energia ao meio rural.

O governo pode propor mudanças na forma de retenção de lucro porque é acionista e controlador da empresa. Detém pouco mais de 50% das ações preferenciais, que dão direito a voto, mas no capital total da companhia, o Estado controla somente 20,20%.

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A maior acionista é a multinacional portuguesa EDP, que é dona de 29,29% do capital total. Executivos da companhia têm pressionado o atual governo, de Carlos Moisés, para privatizar a Celesc.