Apesar da demora da reforma da Previdência e dificuldades de articulação do governo federal, o setor privado catarinense mantém confiança na retomada da economia e segue investindo. É isso que apontou a pesquisa Percepções Cenários Brasil e Santa Catarina, realizada pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH/SC) seccional de SC junto a presidentes e diretores de recursos humanos de 107 empresas do Estado, principalmente médias e grandes. Do total de entrevistados, 80% informaram que as empresas que lideram vão investir nos próximos 12 meses, 88% vão empregar mais ou manter a equipe atual de trabalhadores no segundo semestre deste ano e 66% disseram que acreditam numa retomada do crescimento em maior ritmo.

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Foram entrevistadas empresas industriais (39%), comerciais e de serviços (37%), além de empresas agropecuárias e o setor público. Dessas, 72% contam com mais de 300 empregos diretos e 39%, mais de mil postos de trabalho diretos. Segundo o levantamento, 32% pretendem contratar mais pessoas, 56% planejam manter a quantidade atual de colaboradores e 12% estão prevendo redução de pessoal.

Quanto aos investimentos, 36% informaram que implantarão os projetos previstos para os próximos 12 meses, 16% farão mais do que haviam planejado e 28% farão investimentos embora menos do que tinham previsto. A pesquisa apurou ainda que 12% não vão investir e 8% vão suspender projetos previstos.

Quanto ao impacto da reforma trabalhista, que entrou em vigor no final de 2017, a pesquisa apurou que 76% dos diretores de RH e 60% dos CEOs disseram ter feito mudanças que melhoraram as relações trabalhistas em função da nova lei. Essa pesquisa foi exclusiva para o Congresso Catarinense de Recursos Humanos, o Concarh 2019, realizado em Florianópolis dias 11 e 12 deste mês. Na edição do ano que vem do evento, será feita novamente.

Exames

Leandro Parizzi, Gláucio Grando Galli e Kelly Parizzi
Leandro Parizzi, Gláucio Grando Galli e Kelly Parizzi (Foto: Gabriel Lain / Diário Catarinense)

O Laboratório Pasteur, de Joaçaba, que atua há 33 anos com análises clínicas, avança em Florianópolis. Acaba de firmar uma fusão com o Laboratório Pró Vida, da Capital, parceria que começa a vigorar dia 2 de setembro com nova unidade no Centro, onde atuarão 17 colaboradores. O fundador e diretor do Pasteur, Gláucio Grando Galli (C), diz que o sucesso está na qualidade do atendimento e tecnologia. Com mais de 100 colaboradores, atende diversos municípios do Meio-Oeste e tem filial em Florianópolis, na Lagoa. Na foto, Gláucio com os executivos do Pasteur Leandro Parizzi e Kelly Parizzi em visita a NSC.

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Bioenergia

A multinacional Bunge, maior empresa catarinense em receita líquida, anunciou nesta segunda-feira (22) uma parceria com a BP (British Petroleum), da Inglaterra, para criar a BP Bunge Bioenergia, que será eficiente em etanol e bioeletricidade de baixo carbono. O objetivo é criar uma empresa de etanol de cana-de-açúcar em escala mundial e altamente eficiente no Brasil.

Medicina

O grupo paulista de educação Afya estreou na sexta na bolsa Nasdaq, nos EUA, com captação de R$ 1,1 bilhão (US$ 300 milhões), informou o jornal Valor. A empresa Afya reúne 13 faculdades, 25 mil alunos, dos quais 5 mil são de medicina, cuja mensalidade média é R$ 8 mil. Esse é o custo também em SC. A propósito, os cursos de medicina privado têm que ser tão caros? Muitas famílias não têm condições de pagar tudo isso.

Futuro

A Fundação Certi participa de quatro painéis na FIEE, feira de Smart Future, que abre nesta terça-feira (23) na Expo, em São Paulo. Abordará indústria 4.0, IoT para cidades inteligentes, digitalização e inteligência artificial para distribuição de energia. Também vai expor no vento que vai até sexta.  

Cortes

O governo federal confirmou nesta segunda-feira (22) a informação do vice-presidente Hamilton Mourão, sexta, em Florianópolis, de que seria feito mais um contingenciamento. O corte será de R$ 1,4 bilhão nas verbas da União. É necessário porque a receita está menor em função do crescimento pífio da economia.

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