Denominada Nova Indústria Brasil, a nova política industrial do país, para ser executada até 2023, foi lançada nesta segunda-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin. O plano prevê investimentos de R$ 300 bilhões entre 2024 e 2026 para impulsionar tecnologias e inovações em áreas da atividade industrial que o governo denominou de “seis missões” (veja no fim desta mantéria).
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A liberação dos recursos ficará a cargo de três instituições: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
Na avaliação do economista-chefe da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Pablo Bittencourt, o plano do governo segue as grandes rotas tecnológicas identificadas para o desenvolvimento do Brasil. Propõe seguir práticas internacionais para enraizar conhecimento em um território. O economista vê oportunidades para indústrias catarinenses participarem desse desenvolvimento, especialmente nas áreas de tecnologia.
– São tecnologias de novo paradigma, novos materiais, especialmente biotecnologia, nanotecnologia, que envolvem também ciência de dados, tecnologias da informação e comunicação. Elas encontram um grande conjunto de especialistas aqui na estrutura de Santa Catarina. Temos um conjunto grande de empresas de setores de tecnologias de dados, assim como iniciativas em biotecnologia e nanotecnologia voltadas à descarbonização como novas maneiras de construir combustíveis e biomassa – disse Pablo Bittencourt.
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As seis missões da nova política industrial:
Missão 1 – Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar, nutricional e energética;
Missão 2 – Complexo econômico industrial da saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso à saúde;
Missão 3 – Infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis para a integração produtiva e o bem-estar nas cidades;
Missão 4 – Transformação Digital da indústria para ampliar a produtividade;
Missão 5 – Bioeconomia, descarbonização, transição e segurança energéticas para garantir os recursos para as gerações futuras;
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Missão 6 – Tecnologias de interesse para a soberania e defesa nacionais.
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