Setores do comércio e de serviços de Santa Catarina se preparam para retomar atividade em breve após quase um mês de portas fechadas em função do isolamento para prevenir a disseminação do coronavírus. Com essa medida preventiva, o Estado conseguiu, pelo menos por enquanto, evitar uma explosão da pandemia. O desafio para muitos donos de negócios, agora, é buscar crédito para pagar contas enquanto a receita não for suficiente, mesmo com a volta ao trabalho.
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A solução veio com o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que vai disponibilizar R$ 13,6 bilhões ao segmento até o fim de julho. O projeto do senador Jorginho Mello (PL-SC) foi aprovado com urgência no Senado e segue trâmites rápidos para que o dinheiro seja logo liberado.
Não será dinheiro de graça, mas o juro baixo surpreendeu: 3,75% ao ano, carência de seis meses e pagamento em 36 vezes. Esse projeto de lei é a “luz no fim do túnel” para a oferta de crédito ao setor durante a crise do coronavírus, avaliou o presidente da Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas de SC (Fampesc), Alcides Andrade.
– O momento hoje é muito drástico, o risco aos pequenos negócios é muito grande – afirmou Andrade.
Com esse projeto, agora todos os segmentos empresariais contam com linhas de crédito de socorro durante a crise. Assim, espera-se que os bancos e flexibilizem as exigências e boa parte das empresas consiga algum tipo de ajuda na crise.
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Home office
Entre as ações da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) para ajudar as empresas do setor nesta fase de crise do coronavírus estão conselhos na área trabalhista. A maioria das dúvidas registradas pelas empresas junto à associação nessa área foram com relação a normas para home office (51,9%) e afastamento por Covid-19 (45,6%).
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Banco de horas (34,2%), férias individuais e coletivas (30,4%) e segurança do trabalho (22,8%) também tiveram boa demanda de informações. O presidente da Acate, Daniel Leipnitz, informou que a entidade suspendeu três meses de mensalidade e renegociou com convênios de saúde, para ajudar associados.
Ideias novas
A Dígitro, empresa de tecnologia de Florianópolis, está trabalhando com quase toda a equipe em home office. O pessoal foi desafiado pelo conselheiro José Fernando Xavier Faraco, um dos fundadores, a pensar em soluções inovadoras para colaborar na prevenção ao coronavírus.