Lideranças de federações de trabalhadores e de empresas do Estado estão negociando o reajuste do piso salarial do Estado, que conta com quatro faixas, considerando diversos setores econômicos. Ontem à tarde foi realizada a terceira reunião, mas não foi possível um acordo. Os representantes das empresas ofereceram reajuste pelo índice INPC, que teve alta de 4,48% ano passado. A próxima negociação será dia 30 deste mês e a expectativa é de que as duas partes cheguem a um acordo.

Continua depois da publicidade

O coordenador das negociações do lado dos trabalhadores, o diretor da Federação dos Trabalhadores do Comércio do Estado de SC (Fecesc), Ivo Castanheira, busca um aumento real (acima da inflação), como na maioria dos anos anteriores.  Um dos argumentos é que o próprio mínimo nacional subiu um pouco acima do INPC, com a alta de 4,71%.

O representante das empresas, Durval Marcatto Júnior, que é o presidente da Câmara de Relações Trabalhistas da Fiesc, disse que a expectativa é de que na próxima reunião já seja possível um consenso.

Ele observou que esse pequeno valor a mais no mínimo nacional, R$ 2,3 reais, foi para compensar um reajuste abaixo do INPC no ano anterior.

Conforme Marcatto, essa negociação do piso salarial catarinense entre federações de empresas de trabalhadores é única no Brasil, considera também as condições do mercado, da economia, para ambas as partes. Uma prova de que está dando certo, segundo ele, é que SC tem a menor taxa de desemprego do Brasil, 5,8% enquanto a do país ficou em 11,8%.

Continua depois da publicidade

Após o consenso, o piso é aprovado pela Assembleia Legislativa e sancionado pelo governador.

Doença na China

Surgiu mais um problema no mercado internacional que pode afetar as exportações do agronegócio catarinense este ano.

A China está enfrentando uma nova doença respiratória, um coronavírus que já atingiu mais de 400 pessoas e causou nove mortes.

Há registros de casos em outros países, contaminação entre pessoas, e o problema vem causando queda nas ações de frigoríficos brasileiros. É que se surge uma doença grave, com esse perfil, as pessoas saem menos de casa na China, na Ásia, e vão consumir menos, retraindo a economia e o consumo de carne também.