Serviços de saúde com inovação e prevenção. Este é o foco da AsQ, nova empresa de gestão de saúde suplementar fundada em Florianópolis, que já nasce tendo em seu guada-chuva serviços para mais de 4 milhões de vidas no Brasil, com presença física em 12 estados e no Distrito Federal. Além de fazer gestão de planos privados de saúde, a AsQ vai oferecer novos serviços para empresas, opções de projetos especiais privados e até uma rede de franquias de clínicas de saúde preventiva. Um modelo americano de serviço regional de saúde privada também será adpatado ao Brasil.
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– A AsQ nasce para ser incansável por uma saúde melhor. Vem com a proposta de cocriar, ouvir as necessidades do setor, remodelar e customizar soluções. Vamos entrar muito forte com tecologia, inovando no segmento sem perder a humanização. Esses serão nossos principais objetivos para conquistar crescimento de 50% em um ano – afirma o CEO da AsQ André Machado Júnior.
A AsQ iniciou atividades com a gestão dos serviços prestados a planos privados de saúde de 31 operadoras, entre as quais a Amil, Bradesco Saúde e Cassi (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil). Assumiu também gestão da rede de clínicas de Atenção Primária à Saúde (APS), call center de saúde, telemedicina, acompanhamento e gestão de rede credenciada e vai liderar ainda novos serviços que serão criados sob medida para planos de saúde, instituições ou empresas privadas.
Essas atividades estavam com a Qualirede, empresa de gestão de saúde de Florianópolis que agora segue somente com prestação de serviços ao setor público. Está à frente de serviços para mais de 750 mil vidas. É a gestora do SC Saúde, plano de saúde dos servidores do Estado de Santa Catarina; do Planserv, que é o plano de saúde dos servidores do Estado da Bahia; e de planos de saúde do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Banco Central do Brasil e Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares de São Paulo (Ipen). No do BC, a empresa desenvolve um programa de prevenção e promoção de saúde em todas as unidades da instituição pelo país. As duas companhias seguem trajetórias independentes.A Qualirede não será uma holding de ambas.
Conforme André Machado, a escolha da marca AsQ (se pronuncia Ásq), inspirada na palavra inglesa “Ask” (pergunte), resume o objetivo da nova empresa, que é melhoria constante dos serviços, a favor de uma medicina de melhor qualidade e mais sustentável. Segue o DNA de gestão da Qualirede, fundada há 11 anos pela empresária catarinense Irene Minikovski Hahn. A decisão de dividir a atuação para os setores público e privado teve consultorias da da Fundação Dom Cabral e da Ernest & Young.
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Com equipe de 450 colaboradores, a nova empresa tem com meta crescer 50% em um ano. Uma das apostas de expansão é a liberdade de cocriar projetos com empresas privadas, instituições de saúde e também planos de saúde. Entre os lançamentos previstos está um sistema de gestão de saúde por região inspirado nas organizações de redes de saúde dos Estados Unidos, as ACOs (Accountable Care Organization).
Uma cultura que tembém vem da Qualirede é sobre a importância da medicina preventiva, que permite melhor qualidade de vida às pessoas porque ficam menos doentes e têm menos internações. Por isso, a rede de clínicas de Atenção Primária à Saúde (APS) também terá expansão no Brasil por meio de franquias. Além disso, esse serviço será oferecido como uma alternativa mais acessível a empresas que ainda não oferecem palno de saúde aos empregados. A medicina digital e o uso de inteligência artificial são outras prioridades.
– No momento, temos um produto chamado Covid Monitor, que vai muito na linha de acompanhar trabalhadores com suspeita ou até com diagnósitco de Covid. O objetivo é dar uma atenção a essa pessoa que fica em quarentena em casa, mas precisa de um bom cuidado de saúde – afirma o CEO da AsQ.
Segundo o executivo, o setor de saúde está sempre em movimento, sempre inovando. Entre as motivações está a necessidade de reduzir custos crescentes e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade dos serviços. Ele alerta que, atualmente, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar, 84% da receita dos planos de saúde vai para cobrir o atendimento de serviços prestados aos segurados. Restam apenas 16% para as demais despesas, que incluem todo o custo de pessoal para fazer a gestão e ainda o esforço por uma sobra para fazer investimentos. Esse dado preocupa também as empresas de um modo geral porque elas é que respondem por 62% das vidas seguradas nos planos de saúde.
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– Nosso objetivo é trabalhar para melhorar a sáude. Não é reduzir custos de qualquer jeito, mas fazer um esforço para evitar desperdícios e ser um agente transformador nesse meio. O modelo atual não tem ajudado a dar sustentabilidade aos planos de saúde. O principal desafio é que as pessoas estão acostumadas com uma rede ampla de prestadores. Muitas vezes, vão a um médico, não gostam, procuram outro e os dois solicitam os mesmos exames, gerando custo em duplicidade – observa o executivo.
De acordo com ele, o trabalho desenvolvido sem perder a questão da humanização, se colocando no lugar do paciente, também permite a redução de custos. Cita como exemplos a atuação de agente de saúde de um plano, que passa no hospital para ver se o paciente está numa cama protegida, sem risco de cair e permanecer mais tempo internado, se está recebendo o atendimento adequado à doença e recebendo alta no momento devido.
O executivo André Machado foi escolhido para ser o CEO da AsQ por estar há seis anos na Qualirede e ter experiência anterior em gestão de saúde (na Unimed). Até junho ele atuava no escritório da empresa na Bahia, à frente de uma equipe de 400 pessoas fazendo a gestão do plano de saúde estadual, quando foi convidado para a nova função. Catarinense, graduado em Administração pela Esag, Centro de Ciências e da Administração e Socioeconômicas da Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc), ele tem MBAs em gestão de saúde, projetos, pessoas, responsabilidade civil e defesa do consumidor.