Ao assumir o segundo mandato de três anos à frente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), o industrial Mario Cezar de Aguiar disse em seu discurso que o Estado registra atualmente pleno emprego porque as lideranças locais souberam tomar decisões para manter atividades produtivas com segurança e responsabilidade durante a pandemia. Segundo ele, isso foi possível por meio do diálogo aberto entre o governo do Estado com o setor empresarial, que permitiu a setores seguirem trabalhando com medidas preventivas à saúde. Aguiar também anunciou que a Fiesc vai investir R$ 510 milhões, em quatro anos e 70% desse monante será para melhorar a educação no Sesi e Senai.
Continua depois da publicidade
Receba as principais informações de Santa Catarina pelo Whatsapp
– O resultado desse esforço (frente à pandemia) está aí: Santa Catarina vive o pleno emprego, com índices de crescimento acima da média nacional. O momento que passamos mostrou que decisões governamentais adequadas frutificam em solo catarinense, pois temos uma indústria pujante, que gera externalidades positivas e contribui para que sejamos destaque nacional nos índices socioeconômicos – afirmou Aguiar.
Em função da pandemia, a Fiesc fez uma solenidade de posse restrita na noite desta quinta-feira. Entre as autoridades presentes, estavam o governador Carlos Mosiés, a vice-governadora Daneila Reinerh, o vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Glauco José Côrte e representantes dos poderes legislativo e judiciário.
Segundo Aguiar, durane a pandemia a federação apoiou a indústria e a sociedade catarinense nos momentos mais difíceis. Além disso, elaborou o programa Travessia, visando potencializar a presença da indústria de SC nos mercados interno e externo, aproveitando oportunidades apontadas pela crise sanitária mundial. Esse esforço para a indústria investir e crescer mais será prioridade na gestão que se inicia.
Continua depois da publicidade
Na presença do governador, um dos principais responsáveis pelas discussões sobre os incentivos fiscais em 2019, Aguiar lembrou que o posicionamento firme da Fiesc de que a redução de impostos resulta em mais negócios, empregos e salários ajudou nos resultados daquelas negociações. Isso também se reflete nos melhores resultados da economia do Estado, atualmente.
O industrial não deixou de enfocar os constantes estudos e cobranças da federação em relação à infraestrutura. Como os resultados ainda não aconteceram, informou que continuará cobrando sistema intermodal para o transporte, ferrovias e melhor oferta de energia elétrica.
Também falaram no evento, que foi transmitido pelo YouTube da Fiesc, o governador Carlos Moisés, e o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade (por vídeo). Entre as autoridades presentes estavam ainda o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Ricardo Roesler; a presidente do TRT-SC, a desembargadora Maria de Lourdes Leiria; 1° vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Nilso Berlanda; o presidente do TCE-SC, Adircélio de Moraes Ferreira Júnior; e o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas (FETIMMMESC), Ewaldo Gramkow.
Situação de pleno emprego
A propósito, apesar de SC ainda ter desempregados e de o Brasil enfrentar desemprego de quase 15% em função da pandemia, o presidente da Fiesc está certo em afirmar que o Estado registra pleno emprego. Isso porque, instituições da área econômica mundial consideram pleno emprego taxa de desemprego de 3% a 6% (a de SC estava em 6,2% em março deste ano, a última apurada pelo IBGE). Embora pessoas não qualificadas tenham dificuldades em conseguir vagas, empresas e outras organizações de quase todos os municípios catarinenses reclamam a falta de trabalhadores qualificados. A maioria tem vagas abertas.
Continua depois da publicidade