Uma das mais modernas plantas industriais da gigante do aço ArcelorMittal, a Vega, completa nesta quinta-feira 21 anos de atuação em São Francisco do Sul, Nordeste de Santa Catarina. A unidade se prepara para produzir o Magnelis®️, um tipo de chapa de aço com tecnologia exclusiva da companhia, que “cicatriza” arranhões sofridos durante o uso, explica o vice-presidente de Operações Aços Planos da ArcelorMittal no Brasil, Jorge Adelino de Faria.  

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Essa nova tecnologia será disponibilizada ao mercado brasileiro pela companhia na expansão CMC, investimento de US$ 350 milhões (R$ 1,98 bilhões em valores de 24 de julho de 2024) que está sendo concluído este ano. Esse investimento elevará de 1,66 milhão para 2,2 milhões de toneladas a capacidade produtiva anual, representando um acréscimo de 37,5% no total na unidade de SC.

-O Magnelis®️ é o produto mais moderno do grupo, é uma patente da ArcelorMittal. Se você tem uma chapa de aço revestido, ela é arranhada e esse local oxida. Essa tecnologia faz um processo de auto recuperação. Ela pega o material de proteção e colocar novamente no local. É como se fosse uma cicatrização de um machucado – explica o vice-presidente Jorge Adelino de Faria.

Segundo ele, essa produção já é realizada há alguns anos na Europa e, agora, vem para o Brasil. As lâminas de aço com essa tecnologia podem ser utilizadas para fabricação de uma série de produtos feitos em SC e no país, garantindo maior durabilidade. O executivo destaca também a sustentabilidade do produto porque, se dura mais, retarda a reposição.

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De acordo com o diretor da ArcelorMittal em Santa Catarina, Sandro Sambaqui, essas chapas de aço com Magnelis®️ começarão a ser produzidas ainda este ano e entrará em homologação gradualmente nas empresas usuárias.

– Esse aço será usado no ramo automotivo, na produção de suportes para a indústria de geração fotovoltaica (para compor a parte que segura os painéis), na fabricação de silos de armazenagem, na indústria de eletrodomésticos como refrigeradores, máquinas de lavar e outros itens – destaca Sandro Sambaqui.  

Quando foi instalada em São Francisco, a unidade era um investimento da francesa Arcelor. Depois, foi adquirida pela indiana Mittal e se tornou o grupo ArcelorMittal que tem capital principalmente indiano e europeu. Desde o início das operações, em julho de 2003, a unidade Vega já beneficiou quase 24 milhões de toneladas de aço.

Entre os destaques da companhia está a gestão ESG, com ênfase à preservação ambiental e ao social. A ArcelorMittal emprega diretamente na unidade de São Francisco 780 pessoas e, somando os postos indiretos no condomínio industrial, são 1,3 mil postos de trabalho.

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A unidade mudou o perfil de contratações dos seus colaboradores a partir de 2017, quando fez uma parceria com o Senai para desenvolver o Programa Sustentabilidade Técnica. Essa iniciativa focou a formação técnica de pessoas para atuar na empresa metalúrgica.

O programa está permitindo contratar mais pessoas da cidade e também incluir mais mulheres nos quadros da empresa. Segundo Jorge Adelino de Faria, ArcelorMittal está aumentando a participação das mulheres em todos os seus quadros. Em São Francisco do Sul, elas eram 8% do total de empregados há quatro anos e, agora, chegam a 19,4%.

A companhia realiza a cada dois anos o Prêmio Mulher ArcelorMittal para incentivar o protagonismo feminino em diversas áreas.  A edição revelada em 2004 contemplou os estados de Santa Catarina, Espírito Santo e Ceará, onde a multinacional tem unidades fabris.

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