A empresa catarinense de logística Multilog foi a vencedora da licitação para construir e operar por 25 anos o novo porto seco de Dionísio Cerqueira, no Extremo Oeste de Santa Catarina, divisa com a Argentina. O resultado do leilão foi divulgado nesta sexta-feira no Diário Oficial da União, pela Secretaria Especial da Receita Federal, vinculada ao Ministério da Economia.
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A decisão é recebida com otimismo no Estado, especialmente pelo setor produtivo, porque essa privatização é vista como uma oportunidade para dinamizar a infraestrutura e a economia regional. A Multilog veceu o leião ao oferecer tarifa de movimentação de carga de R$ 2,05 e tarifa de armazenagem de 0,05%.
Uma das entidades que mais pressionaram por essa licitação, a Federação as Associações Empresariais de SC (Facisc), informa que vê potencial de ampliar os serviços na região, com mais rapidez na movimentação de cargas. O diretor de Comércio Exterior da entidade, Volmir Marcos Voltolini, disse que isso será possível pela capacidade da Multilog, empresa que já administra dois dos maiores portos terrestres do país com o Mercosul, o de Foz do Iguaçu (PR) e o de Uruguaiana (RS).
A companhia, fundada por acionistas do grupo Portobello em Itajaí em 1984, iniciou atuação no Porto de Itajaí. Hoje, além de atuar em portos marítimos e secos, conta com diversas unidades alfandegadas no país, uma delas dentro do Perini Business Park, em Joinville. Atua em SC, Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul.
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Conforme Voltolini, a expectativa, com a privatização, é triplicar o movimento de cargas em Dionísio Cerqueira, o que beneficiará todo o Estado. Esse otimismo do setor privado conta, também, com a sintonia do setor público. A Secretaria de Estado da Fazenda quer transformar essa ligação na entrada principal de produtos da América do Sul para Santa Catarina e parte do Brasil. Por isso, já definiu tributação menor, que deveria ter entrado em vigor ano passado, mas foi postergada.