Resultado preliminar de pesquisa feita pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em parceria com a Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc) e o Sebrae/SC, apurou que as mulheres em SC têm 7,3 pontos percentuais a mais de dificuldades para conseguir dinheiro para investir no Estado, numa comparação com homens.
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O BID apurou também que 82% das empresas lideradas por mulheres solicitam quantidade de crédito menor do que necessitam para evitar possível recusa na liberação dos. No caso dos homens, 30% pedem empréstimo menor com medo de não conseguir.
Convencidos de que quanto mais as mulheres conseguirem investir, mais vão desenvolver negócios e aquecer a economia, os governos estadual e federal estão lançando linhas específicas para elas.
Em Santa Catarina, o governador Jorginho Mello lançou o Pronampe Mulher, um dos braços do Programa Estadual de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, para oferta de linhas de crédito de investimentos. Esse programa, que também tem linha para inovação e para empresas de um modo geral, está em fase final de trâmites burocráticos e deve iniciar a realização de empréstimos em breve.
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O Pronampe Mulher em SC se diferencia por oferecer isenção de 100% dos juros, que serão pagos pego governo. Os empréstimos poderão ser em valores de R$ 20 mil a R$ 100 mil, com 12 meses de carência e 36 meses para pagar.
O governo federal deverá anunciar na próxima semana medidas de crédito para microempresas e microempreendedores individuais (MEIs), segundo informação do portal do Estadão. Seria uma versão do Pronampe federal aos microempresários em que as mulheres empreendedoras terão acesso a mais recursos do que os homens.
Tanto governos quando entidades empresariais estão dando maior atenção ao empreendedorismo feminino pela capacidade que ele tem de colaborar para uma economia mais dinâmica e competitiva e, também, por proporcionar melhores condições de vida para as familias.
Isso porque no Brasil, segundo a pesquisa Pnad Contínua de 2022, do total de lares brasilerios, 38% são chefiados por mulheres, superando os de homens, que ficou em 36,3%. O Bolsa Família, que é pago para mulheres, ajuda nessa liderança, mas o fato é que existe um protagonismo feminino nos lares que precisa de sintonia nas políticas de fomento à economia.
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Participação do BID
Financiador de investimentos na América Latina e Caribe, o BID fez essa pesquisa porque tem realizado diversos empréstimos para fomentar a economia catarinense em parceria com o setor público. Ele acaba de aprovar empréstimo de US$ 50 milhões para o Badesc para investimentos no desenvolvimento de micro, pequenas e médias empresas e microempreendedores individuais. Esses recursos deverão estar disponíveis para o Badesc emprestar no segundo semestre deste ano.
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