A profundidade dos impactos do isolamento exigido pelo novo coronavírus é tamanha que acredita-se que as pessoas vão mudar, serão menos individualistas, mais solidárias e vão poluir menos o meio ambiente. O mais evidente é que o uso mais intenso das tecnologias digitais veio para ficar. Um exemplo é o aumento de 100% das compras digitais em março deste ano frente ao mesmo mês de 2019, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm).

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A coluna ouviu empresários catarinenses do setor de tecnologia que apontaram o que acreditam que veio para ficar no mercado do setor.  O home office é uma das mudanças que vão se consolidar: mui-tas empresas passaram a atuar remotamente e mantiveram a produtividade.

A educação a distância ganhou um salto, com a multiplicação de lives, calls, webinars e outras práticas. Estudo de mercado feito pela Bain & Company, consultoria dos EUA, apontou que essa altíssima demanda seguirá em alta. A automação financeira é outro serviço que avançou.

Mais compras on-line, atendimento público digital e delivery também são atividades impulsionadas pela Covid-19 que devem continuar e avançar. Para oferecer novas oportunidades nas escolhas para compras virtuais, imagens em 3D e realidade aumentada ganham destaque. Outra mudança enfrentou o setor de entregas, o que exigiu investimentos e contratações.

No meio de tantas tragédias causadas pela pandemia, o avanço dos serviços digitais são uma boa notícia.

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Hora de negociar

A sondagem apurou que enquanto aguarda cenário mais claro, o setor de eventos está negociando. Além dos eventos postergados para o segundo semestre, 19% decidiram que vão promover a programação assim que for possível, 11% passaram para o próximo ano e 22% não tiveram uma nova data marcada.

O presidente da Fecomércio, Bruno Breithaupt, diz a remarcação é para evitar o efeito cascata de derrubar as atividades de fornecedores.

Incertezas

Segundo a sondagem, 24% das empresas estão prevendo redução no quadro de pessoal ou suspensão de contratos de trabalho, 24% vão conceder férias, 21% vão compensar horas, 18% farão redução de jornada com redução de salários, 12% optaram por férias coletivas e 3% por trabalho remoto.

De acordo com o presidente do Blumenau e Vale Europeu Convention Bureau, Develon da Rocha, o levantamento vai ajudar na busca de novas alternativas.

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