Movimento Unidos pela Vacina faz doações a 156 municípios de SC

Além dos investimentos públicos e doações diretas do setor privado, a vacinação contra a Covid-19 em Santa Catarina e no Brasil ganhou apoio voluntário da sociedade civil por meio do Movimento Unidos pela Vacina, lançado pelo grupo Mulheres do Brasil. A iniciativa conectou necessidades de prefeituras com doações de empresas. Em Santa Catarina, dos 295 municípios, 156 informaram que precisavam de equipamentos ou outro tipo de apoio para vacinar mais rápido, já estão sendo atendidos e todas entregas serão feitas até o fim deste mês, informou a coordenação do movimento em evento na Associação dos Municípios da Grande Florianópolis (Granpolis).

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Até agora, 68 cidades receberam. As projeções são de que serão doados mais de 400 mil produtos com investimento total de R$ 2,5 milhões em Santa Catarina. As doações foram realizadas por 31 empresas, que aderiram à iniciativa no Estado. No conjunto de doações estão dois ultra freezers para abrigar vacinas da Pfizer.

Entre as lideranças presentes no evento organizado pelo Movimento Floripa Sustentável estavam a vice-presidente do Grupo Mulheres do Brasil, a empresária Sônia Hess, responsável no Sul do país do Unidos pela Vacina, as líderes estaduais Fernanda Bornhausen e Annalisa Dal Zotto, e a coordenadora do Floripa Sustentável, Zena Becker. A presidente do movimento, Luiza Helena Trajano, não pôde vir pessoalmente, mas enviou um vídeo com mensagem para Santa Catarina.

– Vim falar de um trabalho feito por tantas pessoas da sociedade civil que se engajaram, que é o Unidos pela Vacina. Em janeiro, o Mulheres do Brasil de todas as regiões decidiu se unir para vacinar até 75% da população até setembro. Todo mundo achava que não ia dar. Mas sabe porque deu? Porque a sociedade se uniu, viu que era a única saída para enfrentar esse vírus – afirmou a empresária Luiza Helena Trajano no vídeo.

De acordo com Sônia Hess, o Unidos pela Vacina começou em janeiro porque o Grupo Mulheres do Brasil sentiu que boa parte das cidades brasileiras teria dificuldades de infraestrutura para fazer a vacinação. O plano de colaborar de forma voluntária está dando certo. Segundo ela, o movimento enviou correspondência para as 5.570 prefeituras do Brasil, 5.569 responderam e 4.078 tinham demandas para melhor aplicar as vacinas. Entre as principais reivindicações estavam freezers e notebooks, o que está sendo atendido.

– A gente sabe que essa vacinação não acaba agora. A gente vai ter essa continuidade ao longo da vida. Cada um de vocês sabe que é extremamente importante juntar forças do poder público com o poder privado – afirmou a empresária catarinense.

Fernanda Bornhausen, que junto com Annalisa coordenou o trabalho no Estado, disse que um diferencial de Santa Catarina foi a liderança regional, o que permitiu mais rapidez na resposta aos questionários. Segundo ela, a função foi fazer contato entre as prefeituras e doadores empresariais. Em alguns casos, foi preciso esperar porque os produtos não estavam disponíveis no mercado.

Entre as autoridades presentes no encontro, também estavam o secretário de Estado da Saúde, André Motta e a presidente da associação dos municípios da Grande Florianópolis, a prefeita de Rancho Queimado Cleci Veronezi (MDB). Motta solicitou para Zena Becker apoio do Floripa Sustentável para elaborar projeto visando a instalação de uma central de informações sobre pacientes do setor público do Estado. A empresária aproveitou o evento para sugerir a um representante de empresa presente a doação do projeto, que requer investimento de R$ 60 mil.

O grupo de voluntários do movimento divulgou também a lista das 31 empresas doadoras. Accenture, BHM Têxtil, BMW, Bob’s, BRF, Cia Hering, Clamed, Condor, Döhler, Droga Raia, Embraed, Engie, Fiesc, Girollar, Grupo Lunelli, Instituto Duda e Adelina, Irani, Jayme Garfinkel, Krona, Liberty Seguros, Metalúrgica Zen, Nidec, Porto de Itapoá, Quantity, Quero Quero, Seara, Seta Engenharia, Texneo, GM e Down.