Se depender do empenho da startup catarinense Flareless, imagens de incêndios na Amazônia como as do mês de agosto de 2019, que estamparam capas dos jornais mais importantes do mundo, não se repetirão. Com uso de uma série de dados combinados num olgaritmo, a startup consegue prever com 15 dias de antecedência maiores probabilidades de grandes incêndios, o que permite agir preventivamente.

Continua depois da publicidade

O vice-presidente da República Hamilton Mourão, coordenador do Conselho da Amazônia, ao tomar conhecimento da Flareless (que significa "Sem chama", em inglês), convidou os quatro sócios da empresa para fazerem uma apresentação mais detalhada em reunião nesta quinta-feira (05/03), em Brasília.

A Flareless foi fundada por Gil Augusto da Silva Pletsch, Marcos Benedito Schimalski, Diogo Ribeiro Machado, e Leonardo de Liz Hampel. O sistema que desenvolveram conta com algoritmo próprio que ao ser usado em imagens de sensores de satélites geram análise preventiva. São analisadas variáveis estáticas como declividade do solo, material combustível e presença humana, e também variáveis dinâmicas como chuvas, direção de ventos e stress hídrico.

O sistema foi testado criado com base em incêndios ocorridos na Califórnia, Estados Unidos, em 2018, em Santa Catarina em 2019 e também em Portugal em 2017. Foram analisados dados entre 15 e 30 dias antes das ocorrências e identificou com precisão as áreas que seriam afetadas.

Responsável pela criação e aprimoramento do algoritmo, o doutor em Ciências Geodésicas Marcos Schimalski, que é sócio fundador da empresa, explica que esse sistema é o único do mercado que faz análise preventiva de monitoramento remoto de qualquer local do planeta. Foi por isso que chamou a atenção do governo brasileiro e de instituições dos Estados Unidos e da Europa.

Continua depois da publicidade

Se esse sistema resolver pelo menos parte do problema dos incêndios da Amazônia, dará importante contribuição para a economia brasileira e do mundo. Afinal, investidores que criticaram o Brasil em Davos poderão abrir negócios no país com mais tranquilidade.