A princípio, a reunião do governador Carlos Moisés com líderes de entidades empresariais, no final da tarde desta terça-feira, seria para ouvi-los sobre o atual momento e para que sugerissem um nome para ocupar a pasta do Desenvolvimento. A novidade foi a iniciativa do governador de lançar o Conselho de Governança, que vai abrir espaço para debate permanente do governo com o setor produtivo o e outras instituições públicas que integrarão o novo colegiado. Ele também falou para os empresários sugerirem nome para ser o(a) novo(a) secretário de Desenvolvimento.
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A proposta de criação do Conselho de Governança agradou as lideranças presentes. Os presidentes da Federação das Indústrias (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar; da Federação das Associações Empresariais (Facisc), Jonny Zulauf; e o presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Daniel Leipnitz, avaliaram como positivo para o Estado o conselho com interação permanente.
Essa estratégia de criação de conselhos foi amplamente usada pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira, e também pelo ex-presidente Lula. Quando assumiu seu segundo mandato como prefeito de Joinville, em janeiro de 1997, Luiz Henrique criou o Conselho de Desenvolvimento de Joinville (Desenville) integrado somente por empresários.
E quando assumiu o governo do Estado, em 2002, criou novamente um conselho com empresários de sucesso, alguns até de fora do Estado. O presidente Lula fez o mesmo em 2002. Criou o Conselhão, com empresários e outros líderes. Nos dois casos, as iniciativas funcionaram muito bem politicamente, mas as queixas dos empresários eram de que davam muitas sugestões e essas não eram implantadas pelos governos.
Com bem menos capital político do que o ex-governador e o ex-presidente tinham nas suas épocas, Moisés terá mais sucesso se ouvir os conselhos dos empresários e implantar a maioria das sugestões. Afinal, boa parte desses líderes toma decisões diárias para negócios de SC serem competitivos globalmente. Eles têm conhecimento e capacidade de realização. A palavra “governança” no nome do conselho sinaliza maior atenção com a lei para fazer negócios corretos. É o que o governo precisa após as investigações em compras com dispensa de licitação nos últimos meses.
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Entre os presentes na reunião com o governador Moisés, também estavam os presidentes da Fecomercio, Fetrancesc, Faesc, Fetrancesc, Fampesc, e os secretários da Casa Civil Amandio João da Silva Junior e da Fazenda, Paulo Eli.