Durante o 3º Seminário Internacional de Microfinanças realizado nesta quarta-feira (22), em Brasília, lideranças do setor no país mostraram a relevância desse sistema de crédito para impulsionar a economia formal e informal. Convidado especial do evento, o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, ressaltou que as microfinanças são uma prioridade do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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O seminário, com executivos do segmento do Brasil e América Latina, foi uma realização da Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (Abcred) e do Sebrae Nacional. A presença de lideranças catarinenses foi destaque no evento.
A presidente da Abcred, Isabel Baggio, fez a abertura do seminário. Também participaram o senador Esperidião Amin (PP-SC), presidente da Frente Parlamentar de Apoio ao Microcrédito e às Microfinanças instalada em junho deste ano, o presidente da Agência de Fomento de SC (Badesc), Ari Rabaiolli e o vice-presidente da Abcred, Luiz Carlos Floriani.
– Há milhões e milhões de brasileiros invisíveis esperando que alguém os enxergue. Precisamos ter um arcabouço adequado, com ambiente adequado, que nos traga mais funding (recursos financeiros), segurança jurídica, mais capacidade de atendimento. Tudo isso precisa estar junto para que nós possamos avançar e aprender com as lições que tivemos – destacou Isabel Baggio.
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Segundo ela, que também é presidente do Banco da Família, de Lages (SC), com atuação na Região Sul, existem experiências nos países da América do Sul que podem inspirar o Brasil para expandir esse modelo de crédito.
– Temos que aproveitar esse instante em que o presidente criou esse ministério e me chamou para ocupar a posição. Esse é um assunto deste governo. O terceiro governo de Lula é voltado para os empreendedores – ressaltou o ministro Márcio França.
De acordo com ele, impulsionar os microempreendedores é uma bandeira do presidente Lula. Chamou a atenção para dados atuais do empreendedorismo no Brasil: o país tem 17 milhões de microempreendedores individuais (MEIs), 20 milhões de nano empreendedores, se regulação legal e 5 milhões de pequenas empresas.
O Sebrae foi representado pelo gerente adjunto da Unidade de Capitalização e Serviços Financeiros da instituição, Weniston Ricardo. Ele afirmou que o microcrédito precisa aumentar a capilaridade, fazer chegar esse crédito para cada vez mais empreendedores, diversificar fontes de financiamento e reduzir taxas (custo do dinheiro ao empresário).
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Ari Rabaiolli, presidente do Badesc, falou do incentivo da instituição a esse modelo de crédito. O governo de SC criou o programa de microcrédito 1999, oferecendo as condições para operar, incluindo capital para emprestar.
Os resultados foram positivos e a rede de organizações de microcrédito emprestou até agora mais de R$ 5 bilhões para investimento em pequenos negócios em SC.
Desde 2011, as instituições trabalham em parceria com governo no programa Juro Zero para o qual já empresaram R$ 561 milhões em mais de 160 mil operações. Conforme Rabaiolli, são 30 instituições parceiras do Badesc no Juro Zero.
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