O volume de recursos emprestado para microcrédito em 2023 no Brasil chegou a R$ 1 bilhão, 13,8% mais do que o ano anterior, quando foram emprestados R$ 890,3 milhões.  O total de operações chegou a 159 mil e dessas, 56% foram realizadas por mulheres.

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Esses resultados de instituições que integram a Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (ABECRED), presidida pela empresária catarinense Isabel Baggio. O valor médio de cada operação ficou em pouco mais de R$ 6.300, 86% tiveram como destino o microcrédito produtivo e 59% foram para negócios informais.  

– Os dados mostram que a ABCRED tem contribuído para ampliar o número de pessoas com acesso ao microcrédito no país. Isso é fundamental, mas podemos fazer ainda mais – destaca Isabel Baggio.

As instituições associadas fecharam 2023 com a soma de 146 clientes ativos. Esse número mostrou um crescimento gradativo nos últimos anos porque eram 138 mil em 2022 e 136 mil em 2021.

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Conforme Isabel Baggio, os recursos são liberados após análises feitas por agentes de crédito, a maioria mulheres, que avaliam o impacto do crédito para o negócio do tomador e condições de pagamento. A maioria tem baixa renda e não consegue acessar recursos do sistema financeiro tradicional. O foco é resultado positivo no negócio, sem causar endividamento.

De acordo com Isabel Baggio, embora os valores sejam baixos se comparados com operações do setor financeiro tradicional, os resultados são positivos porque mudam a vida das pessoas para melhor.

Na avaliação da presidente da ABCRED, o setor precisa de mais apoio para ampliar mais a oferta de crédito no país. Para ela, um dos passos importantes foi a criação da Frente Parlamentar de Apoio ao Microcrédito e às Microfinanças.

Santa Catarina tem um dos setores de microcrédito mais desenvolvidos do Brasil. Com expansão maior a partir de 1999, tem como principal financiador o Badesc, que é a agência de fomento do governo de SC. Em evento internacional realizado em Brasília em novembro, o presidente do Badesc, Ari Rabaiolli, informou que 30 instituições tomam recursos do banco para operações de microcrédito no mercado catarinense.

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