Autoridades sanitárias do México, por meio do SENASICA – ministério de agricultura do país – autorizaram nesta segunda-feira a importação de carne suína de Santa Catarina. A notícia foi confirmada pela Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura do Brasil. Este é o segundo mercado relevante conquistado por SC este ano, por ser pioneira área livre de febre aftosa sem vacinação. Em março, o Brasil conseguiu abrir espaço para o produto de SC no Canadá.

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O México é o terceiro maior importador de carne suína do mundo e o produto brasileiro vai ajudar a reduzir a inflação de alimentos no país. Segundo o ministério brasileiro, com essa decisão do México o Brasil soma 48 mercados abertos para produtos agropecuários este ano. Desde 2019, foram 234 decisões favoráveis para compra de produtos alimentícios brasileiros no mundo.

O governo catarinense celebra essa nova conquista de espaço no mercado internacional para a proteína animal produzida no Estado.

– É uma excelente notícia que só reforça o nosso comprometimento e trabalho sério feito em toda a cadeia produtiva da carne. Que vai desde produtores dedicados até um serviço sanitário estadual reconhecido mundialmente – afirmou o governador Carlos Moisés em nota sobre o assunto.

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Levantamento feito pela Epagri/Cepa, instituição de estatísticas agrícolas do Estado,  apurou que de janeiro a outubro deste ano SC exportou 497,9 mil toneladas de carne suína, com faturamento de US$ 1,1 bilhão. Segundo os dados da balança comercial brasileira, SC respondeu por 55% das vendas externas do produto este ano. Somente em agosto, foram 62,2 mil toneladas, 40% mais que no mesmo mês de 2021.

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, também celebrou a decisão do governo mexicano. Segundo ele, em média, o país da América Central importa por ano 1 milhão de toneladas, o equivalente a 10% do movimento de negócios com o produto no mercado internacional.

Conforme Santin, o produto brasileiro vai ajudar a reduzir a inflação no México, reforçando apoio às nações para segurança alimentar e oferta de alimentos.

Para as agroindústrias catarinenses, essa conquista chega em excelente momento porque o segmento de carne suína está com excesso de oferta, em busca de novos mercados para colocar produtos ou reduzindo a produção em campo.

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Isso porque o setor exportava muito para a China, que passou a comprar menos no último ano porque ampliou a produção própria. O estado está saindo de um ciclo em que destinava cerca de 60% as exportações para os chineses. Agora, o objetivo é diversificar mais os mercados.