Tanto as manifestações deste domingo em favor do governo de Jair Bolsonaro, quanto as realizadas em defesa da garantia de recursos para educação no último dia 15 mostraram que governistas e oposição têm força para ocupar as ruas. Contudo, o sonho é o mesmo: um país melhor, com contas ajustadas, que permitiriam oferecer educação de qualidade para todos, melhorar serviços e muito mais. Os dois movimentos não seriam necessários se o presidente e alguns dos seus ministros fizessem a sua parte, que é conversar com o Congresso para viabilizar rápido a reforma da Previdência e outras reformas, sem criar crises com declarações nas redes sociais e na mídia.
Falo em sonho dos dois movimentos porque apesar de ter condições de ser um país melhor, do presente, uns poucos insistem em criar atritos, problemas e postergar decisões para que o Brasil siga como país do futuro. A reforma da Previdência foi agenda mundial há 30 anos e o Brasil ainda não fez. Nesse período, a renda do brasileiro ficou estagnada. E o PIB pode vir negativo no primeiro trimestre deste novo governo.
Quem insiste em atrasar reformas normalmente tem salário público garantido, não olha quem está desempregado ao lado e não sabe o quanto é difícil gerar um emprego no país. O governo precisa concentrar todas energias nas articulações com o Congresso pelas reformas para que o país saia da estagnação econômica e ajuste as contas. Essa foi a pauta que elegeu Bolsonaro e a principal motivação dos protestos deste domingo.
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