Dezenas de crianças costumam visitar, em grupo de escolas, a galeria do artista plástico Luciano Martins, no Shopping Villa Romana, em Florianópolis, para ouvir ele falar sobre arte e seus personagens como a Corujinha Bubu o gato Miau e agora, a joaninha Ana Bolinha. As criações dele também são alertas especiais em campanhas de interesse público como as de vacinação, prevenção de câncer e muitas outras.

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Com o propósito de ampliar esse trabalho voluntário, com mais apoio e parceiros, o artista e publicitário lança na noite desta terça-feira o Instituto Luciano Martins. Será às 19h30min, no Hotel Quinta das Videiras, na Lagoa da Conceição, na capital. No espaço, também será aberta a exposição “Mundo Lúdico”.

Além desse trabalho social, Luciano Martins tem parcerias e licenciamentos com empresas, que geram milhões em negócios pelo Brasil. Um exemplo é o gatinho Miau, que é licenciado da Cacau Show e, com isso, já gerou mais de R$ 200 milhões em vendas em 13 anos. A corujinha é licenciada da rede Uatt?

Luciano Martins, que é nascido em Porto Alegre mas desenvolveu a carreira em Florianópolis, quer ampliar o lado social com o instituto, mas segue como artista, com presença no Brasil e exterior. Saiba mais na entrevista a seguir:

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Por que a decisão de abrir um instituto para o social?

– Eu trabalho com o terceiro setor há mais de 20 anos e a ideia é exatamente potencializar isso. Cheguei num momento que acho que preciso de ajuda. Eu faço muita coisa. Ajudo mais de 100 causas. Amigos avaliaram que a criação de um instituto ajudaria a potencializar isso. Se disponibilizaram a colaborar.

Podemos buscar recursos pelas leis de incentivo, mas a ideia não é isso. É continuar o que eu venho fazendo. Eu sou um pouco diferente dos outros institutos. Eu dou voz para causas. Um exemplo: falar de câncer no Outubro Rosa. Eu crio toda a identidade visual, preparo tudo e o evento acontece através das voluntárias de uma instituição. Tem o Parque do Bem, Pirão com Lingüiça. São eventos que a gente ajuda a dar voz.

Também faço um trabalho nas escolas. Toda semana, eu abro a minha agenda um dia para receber uma escola na minha galeria, no Shopping Villa Romana para falar sobre arte, contar histórias. É uma mobilização que conta com o apoio de prefeituras. Escolas de todo o Estado vêm conhecer.

Com esse trabalho, dialogo também com escolas do Brasil inteiro. Então pode ser online e cada vez mais, eu preciso de ajuda. Eu gravo vídeos, converso com professores do Espírito Santo, da Bahia, do Amazonas… Recentemente, chamou muito a atenção o fato de receber contato de escola de uma ilha na Grécia, falando de releitura, história da arte. Acho que me procuram porque é mais fácil entender a arte por meio da releitura que faço. É mais fácil entender arte com a minha Monalisa do que a do Leonardo Da Vinci.

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Sua arte está mais limitada o Brasil ou você faz exposições fora?

– Meu foco é o Brasil, mas todo ano faço uma exposição no exterior. Ano passado fiz Espanha e Portugal. Já fiz Estados Unidos.

O setor de economia e inovação concluiu que é importante incluir arte na inovação. Por isso existe o STEAM, sigla internacional de modelo de educação com ênfase em ciências, tecnologia, arte, engenharia e matemática. Qual é a sua opinião sobre isso?

– Não sou uma pessoa voltada para tecnologia,  mas em tudo o que a gente tem visto nos últimos anos sobre inovação e inteligência artificial a arte tá muito presente. Ela está realmente fazendo toda essa transformação. É que muita coisa é visual, o mundo está mais visual. As pessoas, cada vez, leem e escrevem menos e se comunicam através de imagem. Você vê os próprios emojis. São figurinhas que a gente manda um para o outro, mas a arte acompanha o ser humano desde as cavernas. Eu acho que ela vai estar sempre presente.

Como artista, você criou personagens que são licenciados. Qual é a importância disso na sua carreira?

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– O mercado de arte no Brasil é muito difícil. Tenho minha galeria, vendo meus quadros. Mas o meu principal negócio são os licenciados. Eles ficam no mercado e permitem uma renda mais constante. A minha arte, por meio de licenciados, já vendeu mais de R$ 500 milhões. Não significa que é dinheiro meu. São receitas de empresas que usam personagens que eu criei e recebo um pequeno percentual.

O gato Miau, que criei, é licenciado da Cacau Show. Esta semana, tive a grata surpresa de saber que a empresa vai lançar um parque de diversões no Brasil, que será o maior do país e o gato Miau será uma das atrações. Nossa corujinha Bubu já ilustrou produtos vendidos em mais de 60 países.

Qual é o novo personagem que está lançando?

– Estamos lançando um personagem novo, catarinense, bem legal, que é a Ana Bolinha. É uma joaninha que tem seus amiguinhos, como o Tatu Bolinho e uma abelha. Fizemos uma série, desenho com treze episódios, que estamos negociando com a TV Cultura. O diretor é o Thiago Calçado, que já participou de filme vencedor de Oscar.

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