O reconhecimento da eficiência da gigante catarinense WEG há muito tempo ultrapassou as fronteiras brasileiras. Vai do fornecimento de motor elétrico para a SpaceX de Elon Musk a grande transformador para empresa do Oriente Médio e a carregadores de veículos elétricos no Brasil, entre muitas outras soluções. O presidente do conselho de administrado da multinacional WEG, Décio da Silva, que também presidiu a empresa por 18 anos,falou sobre as razões do sucesso da companhia em evento quinta-feira (31) na sede da Federação das Indústrias de SC (Fiesc).
Continua depois da publicidade
Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp
De acordo com o empresário, um dos principais pilares para alcançar o êxito no mercado e se manter em destaque é a inovação. A WEG investe anualmente 2,6% da receita operacional líquida em inovação. No ano de 2023, esse percentual somou R$ 832 milhões. Assim, do total da receita líquida da empresa no ano passado, 59,1% vieram de produtos desenvolvidos e lançados nos últimos cinco anos.

Outro pilar da empresa é o foco em vendas e no atendimento às necessidades dos clientes. Por isso, a WEG faz questão de que seus altos executivos atuem na área de vendas. Décio da Silva informou que, atualmente, dos 16 executivos de unidades de negócios, somente três não trabalharam diretamente em vendas.
Continua depois da publicidade
Um exemplo é o novo CEO da companhia, Alberto Kuba, que assumiu em abril deste ano. Ele ingressou na empresa como estagiário na área de vendas de motores industriais em Jaraguá do Sul e, quando atuou na China, também concentrou a estratégia em vendas.
A qualificação de pessoas é outra estratégia da WEG de longo prazo, desde quando criou o Centro WEG para formar técnicos. O presidente do conselho disse é preciso valorizar as pessoas, investir em qualificação e, também, na formação de lideranças.
– Acreditamos que as empresas não podem mudar suas lideranças continuamente. Senão, não há curva de aprendizado, não há incorporação da cultura. Mas também não pode não mudar nunca – disse Décio da Silva.
Outro pilar que mantém a WEG no topo é a internacionalização. A empresa investiu no exterior construindo fábricas próprias ou por aquisições. O empresário disse que os investimentos lá fora são voltados a mercados específicos. A aquisição de fábrica na China foi para atender o mercado asiático. Outra motivação para aquisições é a absorção de conhecimentos para a WEG.
Continua depois da publicidade
Décio da Silva revelou na palestra que quando presidia a companhia tinha um cheque de US$ 10 milhões para adquirir empresa no exterior. Mais recentemente, a realidade mudou no grupo. Uma das últimas aquisições, a da Regal Rexnord Corporation, dos Estados Unidos, feita em 2023, chegou a US$ 400 milhões, o que em valores atuais dá R$ 2,35 bilhões.
A palestra com o presidente do conselho da WEG integrou evento dos 40 anos da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADBB-SC), com mediação do presidente da entidade, Ricardo Barbosa Lima. Entre os palestrantes, também participaram o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, o presidente do conselho de administração da Duas Rodas Leonardo Fausto Zipf, a CEO da Malwee Gabriela Rizzo e o presidente do conselho da Karsten, Gil Karsten.
Leia também
Summit Saúde reúne médicos e empresas voltados para inovações ao setor
Morre Horst Maul, executivo que atuou por 78 anos em empresas têxteis do Norte de SC
Estudantes de 15 anos criam projeto social para ensinar inglês em escola pública de SC
BMW lança no Brasil carro de luxo que é fabricado na planta do México
Hospital Unimed Grande Florianópolis anuncia que vai abrir maternidade
FOTOS: Maior rede varejista do Japão inaugura loja em shopping de Florianópolis