Na noite desta segunda-feira, o Grupo de Líderes Empresariais de Santa Catarina (Lide SC) realizou evento no Hotel LK Design, em Florianópolis, com os representantes do Estado no Senado Federal. Participaram os senadores Esperidião Amin (PP) e Jorge Seif (PL). A senadora Ivete Appel da Silveira (MDB) não pôde comparecer por problemas de Saúde.

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O presidente do Lide SC, Delton Batista, afirmou que o objetivo é ter uma interlocução maior com o Senado em defesa dos interesses da economia de Santa Catarina e, também da Região Sul e do Brasil. Para ele, uma melhor infraestrutura logística em SC interessa não apenas para o Estado, mas também ao Brasil porque o país é beneficiado com a maior produção catarinense.

– O Lide SC avança como principal grupo multisetorial de debates para o futuro das organizações, reunindo líderes das maiores empresas e dos principais setores da economia, autoridades de todas as esferas, e representantes da sociedade civil, instituições sociais e terceiro setor, em torno de pautas como competitividade, inovação e desenvolvimento sustentável – afirmou Delton Batista.

O senador Esperidião Amin, que havia recém retornado do Rio de Janeiro, onde foi homenageado com a “Medalha da Vitória” pelo Ministério da Defesa, falou com a coluna sobre a polêmica das medidas provisórias para saneamento, o arcabouço fiscal e decisões sobre terras para indígenas.  

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Sobre as MPs do saneamento, o senador disse que votará a favor do decreto legislativo e não pelas mudanças via MP porque o presidente da República “exorbitou, foi mal aconselhado”. O presidente Luíz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que altera lei, logo, o parlamentar disse que votará a favor da lei, para sustar os decretos presidenciais.

– Conversei com o relator do arcabouço fiscal, deputado federal Claudio Cajado (PP). Ele está trabalhando com muita prudência, sabe da necessidade de um arcabouço fiscal que não estrangule o país, mas que gere credibilidade. Que seja crível e responsabilize o gestor em caso de descumprimento. Eu considero o arcabouço fiscal a pedra angular do governo e do Brasil. Mais urgente do que a reforma tributária – disse Amin.

O senador mostrou preocupação, também, com as funções do Ministério dos Povos Originários, que já estão em vigor por medida provisória. Ele mostrou preocupação com o fato de o próprio ministério ter a função de demarcar e desapropriar terras indígenas, por ser um interesse próprio.

Jorge Seif aconselhou as lideranças do Lide e demais presentes para marcar mais presença em Brasília para defender pleitos catarinenses. Ele citou exemplos de mobilizações nacionais como a dos agentes de trânsito do Brasil, que na semana passada, graças a pressões, conseguiram aprovar o reconhecimento da profissão.

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– O meu pedido para vocês é uma crítica construtiva ou um apelo, que seja da melhor forma, meu amigo: estejam mais em Brasília, nos apóiem mais. Eu, o senador Esperidião Amin e a senadora Ivete somos três – disse Seif, chamando a atenção para a necessidade mais pressão catarinense no parlamento para aprovar medidas.

O Lide SC está com agenda intensa de eventos com debates sobre temas estratégicos para as empresas associadas e para a economia, facilitando conexões. Além de reuniões no Brasil, tem feito encontros internacionais. Fez recentemente em Londres com a presença do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

O próximo será em Washington DC, nos Estados Unidos, para uma aproximação maior com a economia americana e, em setembro, o encontro será em Milão, na Itália. As articulações internacionais são feitas pelo empresário catarinense Luiz Fernando Furlan, ex-presidente da Sadia e ex-ministro do Desenvolvimento.

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