Agricultores que tiveram lavouras afetadas por pragas, entre as quais a cigarrinha do milho, poderão tomar emprestado recursos a juro zero do programa Recomeça-SC. A nova lei que autoreza essa medida acaba de ser sancionara, o que significa que os interessados já podem procurar essa ajuda mais acessível. 

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A medida inclui os fenômenos de pragas entre os desastres naturais que dão direito ao produtor ter algum tipo de ajuda. O programa Recomeça SC, criado em 2021 para empresas atingidas por fortes chuvas e que também vale para as pragas, prevê juro zero com 12 meses de carência e 36 meses para pagar. O tomador pode solicitar de R$ 30 mil a R$ 200 mil.

Autor da lei que ajuda os agricultores nesse caso de pragas, o deputado estadual Milton Hobus (PSD), diz que essa proteção do setor público para a agricultura é fundamental porque é um setor que gera emprego e renda para milhares de pessoas. Ele lembra que em 2021, apesar da seca, diversas propriedades catarinenses do Oeste e Meio-Oeste foram afetadas pela cigarrinha-do-milho.

De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), a cigarrinha causou uma quebra de 20% na última safra do cereal, a de 2020/2021. Em Santa Catarina, algumas regiões tiveram perdas de 30% da safra devido a esse inseto.

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Na opinião de Milton Hobus, como o milho é o alimento mais utilizado como fonte de proteína para os animais, a escassez dele eleva custos de produção e encarece toda a cadeia de proteína, afetando o consumidor.

A Epagri, empresa de pesquisa agrícola e extensão rural do Estado, apurou que atualmente existe cigarrinha em lavouras de Taió, Lages, Curitibanos e Palmitos.

*Esta matéria foi corrigida em 15 de junho, às 09h45min. 

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